Cobra/Serpente As serpentes (Serpentes), também chamadas ofídios, ou erroneamente cobras, são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à sub-ordem Serpentes, bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata. Há também várias espécies de lagartos sem patas que se assemelham a cobras, sem estarem relacionados com estas. A atração pelas serpentes é chamada de ofiofilia, a repulsão é chamada de ofiofobia. O estudo dos répteis e anfíbios chama-se herpetologia (da palavra grega herpéton que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).
Vibora de Soane
Espécie característica do norte da Península Ibérica, mas que emPortugal existe apenas nas serras de Castro Laboreiro, Soajo eTourém.O seu comprimento habitual é de 50-60 cm.É diurna, mas pode ser nocturna nos meses quentes.O seu veneno pode causar edema, eritema, taquicardia, hipotensão,vómitos e convulsões. Alimenta-se de pequenos mamíferos, lagartos,anfíbios e aves.Tal como todos os répteis a pele desta víbora é coberta porescamas, que servem para a sua locomoção pois agarram-se àssuperfícies.As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares, mas mudam depele periodicamente; as pálpebras são escamas transparentes queestão sempre fechadas.O número de víboras de Soane existente é muito reduzido, repartido portrês subpopulações isoladas entre si: encontramo-las em Paredes de Coura, CastroLaboreiro eSoajo, Tourém, Montalegre e Larouco.Estas encontram-se associadas a zonas isoladas de habitat favorável, cujaprogressiva perda e degradação podem levar à diminuição do número de espécimes.Vivem principalmente em zonas de lamaçais, pastagens, prados e matagais,frequentemente, rodeados por muros de pedra, com arbustos baixos, maisou menos densos e na proximidade de cursos de água, embora tambémpossam adaptar-se àszonas de floresta.
Lagartixa Ibérica
A Lagartixa-ibérica é uma lagartixa do género Podarcis de 5–7 cm de comprimento em média medido do focinho até ao ventre (SVL - do inglês, snout vent length, ou seja excluindo a cauda). Pode ser encontrada na Península Ibérica. Uma subespécie deste lagarto, Podarcis hispanica atrata, vive nas Ilhas Columbretes ao largo da costa oriental da Península Ibérica. Os lagartos ou sáurios (do latim científico Sauria, chamados ainda de Lacertilia) constituem uma vasta sub-ordem de répteis escamados. Se diferenciam das serpentes (suas parentes próximas) devido à presença de quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. Apesar disso muitas espécies de lagartos, como os licranços perderam suas patas durante a evolução, se tornando externamente semelhantes às serpentes. Semelhantemente também existem lagartos sem pálpebras (da família Gekkonidae) ou sem ouvidos. Com mais de 5000 espécies conhecidas atualmente, os lagartos ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. O monstro-de-gila, nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas. Enquanto a maioria das espécies põe ovos, outras são vivíperas ou ovovivíperas.
Liscranço
O licranço, alicanço, licanço, fura-mato ou cobra-de-vidro (Anguis fragilis) é um réptil da ordem dos sáurios (é, portanto, um lagarto), de membros ausentes (ápode). Pertence à família dos anguídeos. É nativo de África, da Europa e da Ásia. Apesar do nome vulgar "cobra-de-vidro", estes animais são, de facto, lagartos. Entre as características que os diferenciam das cobras estão: a pálpebra – os lagartos possuem pálpebras móveis e as cobras não; a sua língua é dividida em vez de bifurcada, como acontece nas cobras; a troca de pele desses lagartos ocorre em farrapos, em vez da pele inteira, como acontece nas cobras. A pele tem um toque suave e é composta por escamas não sobrepostas. Tal como outros lagartos, o licranço autotomiza-se, o que significa que podem perder a cauda, de forma a fugir a predadores. A cauda volta, depois, a crescer, mas raramente atinge o tamanho inicial. As fêmeas têm frequentemente uma risca no dorso, enquanto que o macho pode ter manchas azuladas. São animais diurnos, gostando de se aquecer ao sol. São carnívoros e, como se alimentam de lagartas, larvas e lesmas, encontram-se frequentemente junto a campos com erva. As fêmeas dão à luz crias plenamente desenvolvidas. São, portanto, animais ovovivíparos. As fêmeas podem ser encontradas, nos dias antes do parto, em locais soalheiros e quentes, tomando banhos de sol. São comuns em jardins e especialmente benéficos, já que ajudam a controlar pragas prejudiciais de insectos e lesmas. O jardineiro pode encorajar a permanência destes animais colocando chapas de zinco ou plásticos pretos no chão já que o licranço gosta especialmente de se colocar debaixo de tais objectos que funcionam como colectores de calor. Os animais adultos conseguem atingir até 50 cm de comprimento e são conhecidos pela sua excepcional longevidade; acredita-se que sejam o tipo de lagarto com maior tempo de vida.
Osga
A osga tem tipicamente os lados do pescoço, do corpo e da face superior dos membros cobertas por tubérculos cónicos, que se tornam mais proeminentes sobre o dorso, onde se alinham em sete a nove séries. Na cauda, estes tubérculos são espinhosos e virados para trás. Os dedos são curtos, separados e quase iguais, alargados na extremidade, onde formam discos adesivos. A osga compatibiliza-se dificilmente com outros animais da mesma família, nos locais onde vive, preferencialmente junto às povoações e em zonas rochosas, onde possa contar com uma boa exposição ao sol. refugia-se em fissuras do terreno, troncos de árvores velhas e telhados. É um animal essencialmente nocturno, mas também pode ser diurna, principalmente nos períodos mais frescos do ano. Em geral a fêmea põe 2 ovos duas vezes por ano, na Primavera e no Verão. Alimentação é constituída por moscas, borboletas, aranhas, gafanhotos e mosquitos.
Único e exclusivo da Península Ibérica, o lagarto-de-água está a desaparecer, devido à perda de 'habitat' resultante do abate da vegetação ripícola e a construção de barragens. As populações isoladas do Sul do País têm um risco acrescido. Mas há mais de 10 anos que não se faz nenhum estudo.
Pouco preocupante. É esta classificação no Livro Vermelho dos Vertebrados que explica talvez o facto de, apesar da rápida regressão das populações, o último estudo sobre o lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) datar já de há mais de dez anos. Exclusivo da Península Ibérica, este pequeno lagarto, de cabeça azul e um tom verde vivo, apenas habita em zonas com permanência de água, o que o torna vulnerável, especialmente quando ocorre em pequenos grupos populacionais isolados. No Norte a sua distribuição é mais homogénea, mas a população tem vindo a regredir; no sul, existe em menor número, uma vez que "muitas ribeiras têm tendência a secar, logo não há água suficiente para a sua sobrevivência", explica o biólogo José Brito. No último estudo realizado, estimou-se uma população de 47 mil indivíduos na serra de Monchique, 115 mil em São Mamede e apenas 3,7 mil n
Rã Verde
Rã de grande tamanho, com um comprimento que pode chegar aos 7,5cm. A sua vida pode atingir os 10 anos. Este animal ocupa praticamente todos os tipos de habitats aquáticos, tais como, charcos, pântanos, lameiros, lagoas, lagos, barragens e ribeiros. Em Portugal é possível o encontrar em todo o território. A sua alimentação baseia-se em insectos, aranhas, minhocas, crustáceos, moluscos e mesmo pequenos peixes e anfíbios, incluindo exemplares da sua própria espécie.
Rã Ibérica
A rã ibérica é caracterizada pela cabeça com o focinho pontiagudo. O seu comprimento pode atingir os 5,5cm e não se sabe quantos anos este animal pode viver. Esta rã raramente se afasta da água, encontra-se frequentemente nas orlas de rios e ribeiros de pequeno a médio caudal, geralmente em zonas de águas frias. A dieta destes animais é composta por pequenos invertebrados, nomeadamente escaravelhos, aranhas, mosquitos, caracóis e centopeias, caçados sobretudo durante a noite.
Saramela
Podendo atingir entre os 20 e 28cm de comprimento em adultos. As salamandras chamam a atenção pela sua pele lisa e brilhante, de fundo negro, sobre o qual se destacam grandes manchas de amarelo vivo. O Padrão destas manchas e a intensidade da sua coloração variam conforme a idade, o habitat e a época do ano. A salamandra aproxima-se da água exclusivamente no momento da reprodução. Durante o dia abriga-se em lugares húmidos e sombrios, de onde sai durante a noite para se alimentar. São animais solitários, mas juntam-se para a hibernação durante o Inverno, podendo então realizar verdadeiras migrações outonais em busca do refugio adequado. Alimenta-se à base de verme e insectos.A salamandra-de-fogo, salamandra-comum ou salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra) é uma espécie de anfíbio caudado pertencente à família Salamandridae. É também conhecida regionalmente por saramela, saramantiga ou salamaganta. A sua pele é característica de cor negra com manchas amarelas. Medem entre 14 e 20 cm de comprimento. As larvas são aquáticas mas o adulto é terrestre. As salamandras são capazes de se defender activamente dos predadores. Adoptam posturas anti-predatórias e são capazes de libertar pela pele, uma substância tóxica denominada samandrina. Esta substância é um alcalóide que provoca convulsões musculares e uma elevada pressão sanguínea, combinada com hiperventilação. As glândulas de veneno estão concentradas na zona do pescoço e na superfície dorsal. As áreas mais coloridas do animal normalmente coincidem com a localização dessas glândulas.
Sapo
O corpo é largo e a cabeça é estreita com 2 glândulas salientes atrás do olhos. A pele tem uma coloração variável, geralmente dentro de tons castanhos, e apresenta caracteristicamente revestida de espinhos e verrugas. Os machos possuem sacos vocais externos. O sapo é essencialmente terrestre, mas com preferência por lugares húmidos. Durante o dia abriga-se sob as pedras ou em buracos, nas margens de cursos de água. É um animal solitário e nocturno na vida adulta, que no Inverno hiberna na vasa ou em terreno seco, podendo para o efeito abrir buracos na terra. Na água nada com agilidade, mas no solo desloca-se em movimentos lentos, raramente saltando. Quando se sente ameaçado toma uma posição de defesa, com a cabeça baixa e as ancas levantadas, depois do que opta pela imobilidade absoluta. Alimenta-se de vermes, insectos, moluscos e também pequenos mamíferos, que captura com a língua, ao crepúsculo e ao amanhecer. Esta dieta faz do sapo um bom amigo dos jardineiros, por comer os vários tipos de bichinhos que lhe molestam as plantas.
Sardão
O Sardão é um lagarto da familia Lacertidae. É conhecido por conseguir viver 25 anos em cativeiro, quando confrontado abre a boca e sibila, conseguindo mesmo saltar para o inimigo. Os machos são territoriais na Primavera. A hibernação ocorre entre Outubro e Abril. O Homem tem sido o maior inimigo e o motivo principal pelo declínio desta espécie. Sofrem uma enorme taxa de mortalidade por atropelamento, já que estes lagartos utilizam muitas vezes as estradas por terem uma boa exposição solar e se aquecerem. Em Portugal não está ameaçado. O Sardão é um dos maiores membros da sua família, tem entre 30 a 60 cm, podendo mesmo chegar aos 90 cm, sendo que dois terços do seu tamanho corresponde á sua cauda. As crias recém-nascidas têm entre 4 a 5 cm, excluindo a cauda. O Sardão pode ser encontrado em habitats não cultivados e cultivados, desde o nível de água do mar até aos 2100m de altitude no sul Espanha. Prefere áreas secas com arbustos, velhos olivais e vinhais de uva, muitas vezes também é encontrado em sítios rochosos e zonas de muita areia. Normalmente caminha pelo solo, mas é um excelente trepador de rochas e árvores. Normalmente escondido em arbustos (às vezes espinhosos), rochas, muros secos, tocas de coelho ou mesmo buracos que ele próprio escava.
Tritão
Tritão é o nome comum dado aos anfíbios pertencentes à subfamília Pleurodelinae . A característica comum a todas as espécies de tritão é a sua permanência prolongada em pontos de água doce durante a época de reprodução. Esta pode durar vários meses por ano, dependendo da espécie em questão. Os tritões são todos os membros da família Salamandridae excluindo as "verdadeiras" salamandras: os géneros Salamandra, Chioglossa, Mertensiella, Lyciasalamandra e Salamandrina. Estão presentes em toda a Europa, Ásia, América do Norte e norte de África. Em Portugal podem ser encontradas as duas espécies de tritão-marmoreado, o tritão-ibérico, o tritão-palmado e a salamandra-de-costelas-salientes. al como todos os membros da ordem Caudata, os tritões são caracterizados por um corpo semelhante ao dos lagartos, com quatro membros de tamanho idêntico e uma cauda distintiva. As larvas aquáticas possuem dentes verdadeiros em ambas as maxilas, e guelras externas. Têm a capacidade de regenerar membros, olhos, espinal medula, coração, intestinos, e maxilas superior e inferior. As células no local da lesão têm a capacidade de se diferenciar, reproduzir rapidamente, e se diferenciar novamente, criando um novo membro ou órgão. Muitos tritões produzem toxinas nas secreções da pele como mecanismo de defesa contra predadores. Os tritões Taricha do oeste da América do Norte são particularmente tóxicos; o Taricha granulosa do noroeste do Pacífico produz tetrodotoxina mais do que suficiente para matar um ser humano adulto. Para provocar danos, as toxinas têm que penetrar no organismo sendo ingeridas ou através de um lesão da pele.