Alvéola Branca A alvéola-branca é um pequeno pássaro da ordem Passeriformes, sub-família Motacillinae, que abarca também os géneros Anthus e Macronyx. Esta espécie vive em muitas partes da Europa, Ásia e o norte da África. Alguns residem permanentemente nesses lugares, e outros migram para a África. É uma ave insectívora de campo aberto, encontrando-se com frequência perto de habitações e de água. Prefere áreas abertas para empolar, onde pode ver e perseguir as suas presas. Adapta-se a áreas urbanas procurando alimento em zonas pavimentadas, tais como parques de estacionamento. A espécie nidifica em fendas de paredes de pedra e estruturas semelhantes, naturais ou feitas pelo homem. A alvéola-branca é uma ave pequena e elegante, de 16 a 19 cm de comprimento. A sub-espécie Motacilla alba alba é basicamente cinza em cima e branco na parte debaixo, cara branca e pescoço preto.
Ferreirinha
A ferreirinha-alpina é uma ave da família Passeridae. Mede cerca de 16 cm de comprimento. Nidifica unicamente em zonas montanhosas. Os seus principais núcleos de ocorrência na Europa Ocidental são: os Picos da Europa, a Serra de Gredos, os Pirenéus, os Alpes e os Apeninos. No Inverno, a ferreirinha-alpina desloca-se para altitudes mais baixas ou efectua migrações dentro da Europa. Em Portugal a ferreirinha-alpina ocorre apenas como invernante, geralmente de Outubro a finais de Março. Frequenta principalmente locais com afloramentos rochosos, tanto em montanha como ao nível do mar. É uma ave muito confiante, que por vezes se deixa observar a 2 ou 3 metros de distância. Não se sabe de que região são originários os indivíduos observados em Portugal.
Águia Calçada
Águia-calçada , Espécie protegida O aspecto mais interessante nesta águia é que possui duas fases, a fase clara (foto) e a fase escura. É uma águia com estatuto pequeno muito idêntica a águia-de-asa-redonda. Geralmente esta ave estabelece um comprimento de 49 a 50cm e uma envergadura de 100 a 121 cm. O peso das fêmeas varia de 850 a 1250g e dos machos de 500 a 800g. Estas aves podem viver até aos 25 anos. Águia calçada distribui-se por todo o território nacional e pelo resto da Europa. Em particular em zonas de florestas com áreas descampadas, colinas e montanhas. A sua dieta baseia-se em pequenos mamíferos, répteis, aves e insectos.
Águia Cobreira
Águia-cobreira Circaetus gallicus Espécie protegida
Águia com dimensões grandes. O seu comprimento varia entre os 62 a 67 cm e pode atingir a envergadura de 170 a 185cm. O peso estabelecido por estas aves vai desde as 1000 às 2000g. A águia-cobreira pode viver até aos 17 anos. Esta ave distribui-se também por todo o território nacional. Em zonas áridas e em charnecas. A sua dieta é muito específica. Alimenta-se de répteis, especialmente de cobras.
Águia Real
Comprimento: 66 a 100 cm Envergadura de asas: 150 a 250 cm Peso: 2,5 a 12 kg Como em todas as aves de rapina, as fêmeas são ligeiramente maiores que os machos. Ela alimenta-se de tarantulas, morcegos pássaros e coelhos A época de reprodução inicia-se em meados de janeiro e prolongando-se até maio - setembro, podendo variar de acordo com a região geográfica. Cada casal pode ter até 10 ninhos, mas só 2-3 são usados em rotação. Alguns casais usam o mesmo ninho cada ano, enquanto outros usam os ninhos alternando os anos. O mesmo ninho pode ser usado por gerações. O ninho normalmente é construído em um precipício alto, entretanto podem ser usadas árvores se precipícios não estão disponíveis. O local de ninho preferido é onde a presa pode ser avistada facilmente. O ninho pode ser enorme se o local permitir. Alguns ninhos de precipício medem de 2,5 a 3 m de diâmetro por 1 a 1,20 m de espessura. É volumoso e é composto de varas, ramos, raízes, ervas daninhas, e mato. A fêmea é responsável pela maioria da incubação, embora o macho frequentemente ajude. A postura pode ser de 1-4 ovos, no entanto o mais comum é ser de dois ovos. Os ovos são branco sujo e manchas castanho ou castanho avermelhado. A incubação dura 35-45 dias. As crias que nascem primeiro são mais fortes, frequentemente matam os irmãos menores e mais fracos e os pais não interferem. O filhote é dependente de seus pais durante 30 dias ou mais.Formam casais, e um casal precisa até 55 km de território para caçar. Sua velocidade comum durante o vôo é de 45 a 50 km/h, e foram registados mergulhos a velocidades de 320 km/h para pegar uma presa que avistou. A maioria delas no Alasca e Canadá viajam para o sul no outono quando a comida começa a faltar no norte. Mas nem todas as águias migram; algumas permanecem no Alasca, Canadá meridional e portugal e no norte dos EUA.
Águia-Perdigueira
Águia-perdigueira (Bonelli) Hieraaetus fasciatus Espécie protegida
A águia de bonelli mais conhecida no nosso país como águia-perdigueira é uma ave com um comprimento que vai desde os 60 aos 66cm e que pode atingir a envergadura de 140 a 165cm. Esta ave de rapina pode ser observada por todo o território ibérico e do norte de África. Prefere regiões montanhosas mas também pode ser vista em terreno aberto. A bonelli é uma ave tímida e desconfiada. A sua dieta basea-se em aves mais pequenas. A águia de bonelli é um exemplo de muitas aves no nosso país que estão em vias de extinção.
Andorinha
A andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), também conhecida no Brasil como andorinha-de-bando ou andorinha-de-pescoço-vermelho, é uma pequena ave migratória pertencente à família das andorinhas . É a espécie de andorinha mais amplamente distribuída no mundo, podendo ser encontrada na Europa, África, Ásia, Américas e norte da Australásia. É a única espécie do género Hirundo cuja área de distribuição geográfica inclui as Américas, com a maioria das espécies desse género sendo nativas de África. Alimenta-se exclusivamente de insetos, que captura em pleno voo, pelo que migra para climas com abundância de insetos voadores. Tem a parte superior da cabeça e do corpo azuladas, uma cauda comprida profundamente bifurcada e asas curvadas e pontiagudas. Pode ser encontrada tanto em campo aberto como em aldeias e vilas. Constrói ninhos fechados em forma de taça com lama e palha em celeiros, estábulos ou outros locais semelhantes, por vezes em colónias. A sua proximidade ao homem é de forma geral tolerada devido aos seus hábitos insetívoros; esta convivência foi reforçada no passado por superstições acerca da ave e do seu ninho. Existem numerosas referências literárias, culturais e religiosas à andorinha-das-chaminés, derivadas da sua presença junto do homem e da sua conspícua migração anual. A andorinha-das-chaminés é a ave nacional da Estónia. Existem seis subespécies de andorinha-das-chaminés. Quatro destas são migratórias, nidificando no hemisfério norte e invernando no hemisfério sul, chegando a ser avistadas tão ao sul como a Argentina central, a província do Cabo na África do Sul e o norte da Austrália.Apesar de poderem ocorrer flutuações locais nas populações devido a ameaças específicas, como a construção de um novo aeroporto internacional perto de Durban,possui uma grande área de distribuição geográfica e uma grande população global, pelo que não se considera que se encontre globalmente ameaçada.
Carriça
A carriça (Troglodytes troglodytes) é uma ave pequena muito activa e de cor castanha na parte superior, listra superciliar clara e dorso e asas listrados. Tem uma cauda pequena e arrebitada. É facilmente reconhecível pelo seu porte e por ser muito pequena, com apenas 10 cm. Não apresenta grande dimorfismo sexual. Põe 5 a 7 ovos num ninho grande e abobadado. O seu nome científico significa "habitante de cavernas" e refere-se ao seu hábito de entrar em cavidades e fendas para pernoitar ou para caçar artrópodes. Alimenta-se também de larvas, aranhas e bagas. Comum em toda a Europa, estendendo-se na Ásia desde o norte do Irão e Afeganistão até ao Japão e América do Norte. É migratória apenas nas áreas mais a norte da sua distribuição.A época de reprodução inicia-se em Abril. São aves polígamas e o macho constrói diversos ninhos para as suas parceiras. O ninho é uma estrutura arredondada, construído com pequenos ramos, musgo, erva e raízes, e depois forrado com pêlos e penas. Estão geralmente situados entre as raízes de uma árvore ou num tronco oco. O macho pode também construir "ninhos-postiços", que são utilizados apenas para distrair potenciais predadores. A fêmea põe 4 a 16 (normalmente 5 a 6) ovos que incuba por 14 a 16 dias. Os jovens são alimentados só pela fêmea e voam aos 16 a 17 dias de idade.
Tordo
O tordo-comum (Turdus philomelos) é uma ave da família Turdidae. Assemelha-se à tordoveia, sendo contudo um pouco mais pequeno que esta espécie. Apresenta a plumagem castanha nas partes superiores e branca com pintas nas partes inferiores. Sob as asas tem uma mancha amarelada. Este tordo distribui-se pela maior parte da Europa. Em Portugal nidifica em pequenos números no norte do país, surgindo em grandes números por todo o território durante a estação fria.
Cegonha Cinzenta
Esta ave é um pouco mais pequena que a sua familiar, cegonha branca. O seu comprimento pode alcançar os 100cm e a sua envergadura pode variar entre os 185 e 200cm. O peso da cegonha-preta atinge as 3000g. Pode viver até aos 18 anos. Os habitats destes animais encontram-se em florestas densas e antigas, ricas em recursos hídricos. Próximas de rios e pântanos. Ave tímida e recatada, não tolera a presença do homem. A sua dieta baseia-se em peixes, anfíbios e insectos.
Chasco
O chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe) é uma ave da família Muscicapidae. O macho é cinzento com máscara preta e cauda branca, a fêmea é acastanhada. Como nidificante, distribui-se pelas zonas temperadas de todo o hemisfério norte, desde a Europa ao Alasca passando pela Sibéria e desde o Canadá à Islândia passando pela Gronelândia (onde é uma das poucas espécies de passeriformes a nidificar). É um migrador de longa distância cuja população inverna exclusivamente em África, mesmo os indivíduos que nidificam no Novo Mundo.
Coruja
A coruja das torres é muito comum em todo o território Português, preferindo campos abertos com núcleos arborizados dispersos e muitas vezes ambientes urbanos. É sedentária e de hábitos marcadamente nocturnos. Nesse sentido como caçadora de pequenos animais, desenvolveu uma série de adaptações muito eficazes, que vão desde o voo extremamente silencioso, á sua visão no escuro, extremamente penetrante. Nidifica frequentemente em quintas, celeiros, campanários, ruínas ou torres, pondo então 4 a 6 ovos, que incuba durante um mês. Tem uma cor predominantemente branca ou clara, tendendo para o alaranjado, com manchas cinzentas no dorso. A face é branca com discos faciais cordiformes, os olhos são negros. Essencialmente roedores, sobre os quais exerce um importante efeito de controlo das populações, mas também aves e batráquios.
Corvo
O corvo é uma ave da família Corvidae, representantes de maiores dimensões da Ordem passeriformes. Possuem ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes, vivendo em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos. Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. Tais aves surgiram na Ásia, mas todos os continentes temperados e várias ilhas (como o Havaí) tem representantes de 40 ou mais membros do genêro. Na mitologia, os corvos são vistos geralmente como portadores de maus presságios, devido à sua plumagem negra e hábitos necrófagos.
Cotovia
São aves essencialmente do Velho Mundo, com excepção de uma única espécie, a Eremophila alpestris que também habita a América do Norte. Por vezes o nome cotovia é usado para aludir exclusivamente à cotovia-comum. A maioria reside na parte mais ocidental da sua área de distribuição. As cotovias que vivem na parte mais oriental têm movimentos migratórios mais acentuados em direcção ao sul, durante o inverno. As aves que vivem na área médio-ocidental da área referida movem-se também na direcção de terras baixas e zonas costeiras durante a época fria. Habitam preferencialmente espaços abertos, cultivados ou baldios. São conhecidas pelo seu canto característico. O seu vôo é ondulante, caracterizado por descidas rápidas e ascensões lentas alternadas. Os machos elevam-se até aos 100 metros ou mais, até parecer apenas um ponto no céu onde descreve círculos e continua a cantar. É difícil de distinguir no chão devido ao seu dorso acastanhado com estrias escuras. O seu ventre é pálido, com manchas alvacentas. Alimenta-se de sementes. Na época do acasalamento acrescenta ao seu regime alimentar alguns insectos. A cotovia foi também o nome informal da V Alaudae, uma legião romana recrutada por Júlio César.
Cuco
cuco-canoro (Cuculus canorus) é uma ave pertencente à ordem Cuculiformes e à família Cuculidae. O nome "cuco" é onomatopaico e deriva do facto de o canto do macho ser composto por uma sequência de duas notas, que soam como "cu-cu". Em Portugal o canto do cuco faz-se ouvir sobretudo de finais de Março a meados de Junho. É uma espécie parasita, o que significa que, em vez de construir ninho, deposita os seus ovos nos ninhos de outras aves, nomeadamente de pequenos insectívoros, como a ferreirinha-comum, o pisco-de-peito-ruivo e o rouxinol-pequeno-dos-caniços, entre outras espécies. As aves em cujos ninhos os ovos são colocados recebem o nome de hospedeiros e ficam com a tarefa de cuidar do jovem cuco até este ser independente. O cuco é migrador: reproduz-se na Europa e inverna em África.
Dom-Fafe
O dom-fafe (Pyrrhula pyrrhula) é uma pequena ave passeriforme da família dos fringilídeos. Reproduz-se em toda a Europa e na zona temperada da Ásia. É geralmente residente, mas muitas aves do norte migram para o sul durante o inverno. Preferem um habitat de bosque com coníferas, sendo vistos em parques e jardins. Constroem os ninhos em arbustos ou árvores, pondo 4 a 7 ovos. Alimentam-se principalmente de sementes e rebentos de árvores de fruta, o que os torna particularmente nocivos em pomares. O priolo foi considerado uma subespécie do dom-fafe mas presentemente é reconhecido com uma espécie distinta.
Estorninho-malhado
O estorninho-comum , também chamado de estorninho-malhado, é um pássaro da família dos esturnídeos, nativo da Eurásia e introduzido na América do Norte, África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Nidifica por vezes em grandes colónias, em buracos de árvores, muros, debaixo das telhas e aceita com facilidade ninhos artificiais. Choca de 4 a 6 ovos. Caminha rápida e agitadamente em terrenos abertos, prados e relvados em busca de alimento (insectos e vermes). Pode ser confundido com o melro-preto, com comportamento e cor semelhante. Tem porém a cauda mais curta e o bico de cor amarela menos intensa que do melro. É de comportamento gregário e voa em bandos compactos, em interessantes evoluções, mudando rapidamente de direcção, tal como um cardume de peixes. Com frequência, após a época de reprodução, oferecem esse espectáculo tanto no campo como nas grandes cidades. Distingue-se do estorninho-preto por este não apresentar qualquer mancha clara durante o verão, ao contrário do malhado. No inverno ambos apresentam pequenas manchas, sendo menores as do estorninho-preto. Os estorninhos-malhados visitam a península Ibérica durante o inverno, enquanto os estorninhos-pretos permanecem durante todo o ano. Uma característica interessante e menos conhecida dos estorninhos é a sua capacidade de ingestão de álcool. Graças a uma enzima específica que produz, consegue processar o álcool 14 vezes mais rapidamente que um ser humano o que lhe permite ingerir em grandes quantidades uma série de frutos e bagas que tendem a fermentar a partir de certo nível de maturação
Gaio
É uma grande ave dos bosques, com cauda comprida, asas arredondadas e plumagem muito característica. Tem um comprimento de 33 a 36 cm e um peso de 140 a 190 g. Tem uma coroa malhada de preto e branco, um bigode preto, dorso e ventre castanho rosado. As asas e a cauda são pretas, com o uropígio e parte interna das asas brancas, ambos muito visíveis em vôo. Apresenta uma mancha azul iridescente, com riscas finas pretas e brancas, nas grandes coberturas primárias, muito característica. Longevidade: 18 anos O gaio-comum pode ser encontrado numa vasta área que vai desde a Europa Ocidental até ao noroeste africano, passando por toda a Ásia continental e sudoeste asiático. Nas zonas mais frias (Suécia, Noruega e Polónia), as populações de gaios-comuns, migram no Outono para regiões mais a sul onde os Invernos são menos rigorosos.Os gaios-comuns não se sentem à vontade em terrenos abertos. Vivem geralmente em matas de folha caduca, de coníferas e mistas ou bosques pouco desenvolvidos, mas podem inclusive viver em parques e jardins de pequenas e grandes cidades. Eles gostam muito de habitar dentro de casas e de carros.Os gaios-comuns são geralmente sedentários e solitários, à excepção do período de acasalamento, em que vivem temporariamente em grupo. O ninho é construído pelo casal, em fins de Abril ou princípios de Maio, geralmente em árvores, arbustos, árvores ocas ou caixotes-ninho que, em princípio, estariam destinados à coruja-do-mato.O ninho encontra-se em geral a uma altura inferior a 5 metros e é constituído por palhas, pequenos ramos e raízes. A postura é de 3 a 6 ovos e o casal reveza-se no choco que dura 16-19 dias. As crias são alimentadas por ambos os pais e geralmente estão completamente cobertas de penas entre os 21 e os 23 dias de idade.
Garça Imperial
Ardeidae é a família de aves ciconiformes que inclui os socós e as garças (da mesma origem incerta que o espanhol garza; possivelmente de uma forma pré-romana *karkia). Vivem aos bandos, frequentam rios, lagoas, charcos, praias marítimas ou manguezais de pouca salinidade, e se alimentam principalmente de peixes, sapos e outros animais aquáticos. Algumas garças, como a vaqueira, se alimentam de insetos e não possuem relação com ambientes aquáticos. A garça-vermelha, garça-imperial ou garça-galega (Ardea purpurea) é uma ave da ordem Ciconiiformes. É normalmente encontrada em terras pantanosas e pântanos no sul e centro da Europa, migrando de inverno para África. Nidificam em colónias, normalmente em canaviais.
Gralha
Com uma zona de distribuição bastante ampla, a gralha-negra pode ser encontrada em praticamente todo o continente europeu, o norte de África e a Ásia central, incluindo a Sibéria.Esta ave pode ser encontrada numa grande variedade de habitats. Normalmente habita em zonas de bosque pouco arborizados que tenham nas suas imediações zonas que proporcionem alimentação abundante. São ainda bastante frequentes em campos agrícolas, parques de cidades e na proximidade de estradas, onde aproveitam os cadáveres dos animais mortos pelo trânsito rodoviário. A gralha-negra atinge a maturidade sexual aos dois anos de idade. Vive em acasalamento permanente tendo um comportamento bastante territorial. O ninho, normalmente, situado em árvores ou falésias é construído pelos dois membros do casal. É constituído por ramos e raízes misturados com barro sendo o seu interior forrado com lã e crinas de outros animais, ocasionalmente, com trapos e papéis. A postura é de 3 a 5 ovos e ocorre durante os meses de Abril e Maio. A incubação é assegurada exclusivamente pela fêmea durante os 18 a 21 dias que dura o período de choco. As crias são alimentadas por ambos os pais e abandonam o ninho com 35 dias de idade.A gralha-negra é uma ave omnívora. Alimentando-se essencialmente de cadáveres de outros animais e pequenos animais, incluindo insectos, caracóis, ratos, lagartos, rãs, vermes e outros invertebrados. Fazem ainda parte da su alimentação: frutas, cereais, bagas e restos de comida humana, em zonas urbanas. Pode ainda atacar ninhos para comer os ovos ou as crias.
Gralha de Bico Vermelho
A gralha-de-bico-vermelho é uma espécie de distribuição paleártica. Tem uma presença continua através das cadeias montanhosas da Ásia central, e bastante mais descontinua na Europa Meridional. Na Europa reparte-se por grande parte da Península Ibérica e localmente pela Grã-Bretanha, Irlanda, França, Itália, Sardenha, Sicília e Península Balcânica. Em Portugal, as populações mais numerosas encontram-se nas serras calcárias de média e baixa altitude (Serra dos Candeeiros) e em escarpas fluviais (Douro Internacional) ou costeiras (Sudoeste Alentejano) Em Espanha possui uma população numerosa e bem distribuída. Pode ainda ser encontrada nos Himalaias, a altitudes de 2000 metros, na China e na Sibéria, bem como em zonas montanhosas da Etiópia e Norte de África.Paredes alcantiladas marinhas e áreas de montanha com paredes rochosas, especialmente calcárias, em regiões secas e pobres em árvores. Desfiladeiros fluviais que ofereçam disponibilidade de sítios para nidificação. Ocasionalmente pode ocupar edifícios.As gralhas-de bico vermelho vivem em colónias formadas por 10-15 casais em que unicamente há 5-7 ninhos, isto deve-se ao facto de estes animais já viverem acasalados antes de alcançarem a maturidade sexual que só se dá no segundo o terceiro ano de vida. Os ninhos encontram-se quase sempre em locais inacessíveis, como por exemplo: fendas de rochas, cavidades e paredes rochosas de alcantilados marinhos. Os ninhos são construídos por ambos os adultos, sendo que a maior parte do trabalho estrutural é feito pelo macho, utilizando para tal, paus e ervas secas. Por dentro o ninho é ricamente acolchoado pela fêmea. A postura é geralmente de 3-6 ovos e realiza-se em Abril no caso das zonas marinhas e em Maio no caso das zonas montanhosas. A incubação é inteiramente realizada pela fêmea e tem uma duração de 17-18 dias. O macho alimenta a fêmea durante o período do choco em intervalos de 20 a 35 minutos. Os filhotes abandonam o ninho 38 dias depois de nascerem.Os insectos constituem a base da sua alimentação que é complementada com artrópodes, moluscos e outros invertebrados bem como bagas e sementes.
Grifo
Grifo, Espécie protegida Maior que as águias, de plumagem acastanhada os grifos são geralmente vistos quando o sol já vai alto, devido às correntes térmicas ascendentes. Só assim estes animais conseguem subir.Esta ave consegue planar grandes distâncias sem quase bater as asas. O grifo distribui-se principalmente por toda a fronteira.
Lavandisca
As alvéolas são aves passeriformes, classificadas no género Motacilla da sub-família Motacillinae. O grupo inclui onze espécies com distribuição no Velho Mundo.Este pássaro também conhecido como Labandeira, Lavadeira, Lavandisca, Lavandeira, Alveliço, Avoeira, Boieira, Pastorinha e Alvéola-branca-comum.As alvéolas são aves de pequeno porte, com um comprimento que ronda os 19,5 centímetros. de constituição delgada. O bico é alongado e fino, próprio para uma alimentação à base de insectos. A cauda longa é agitada de um lado para o outro quando a alvéola está em repouso. As patas são relativamente longas e terminam em dedos com garras compridas. A plumagem é geralmente branca, negra e/ou cinzenta, mas algumas espécies podem ser mais coloridas, apresentando tons de amarelo. As cores do macho e da fêmea são muito parecidas entre si, sendo que no entanto a cor cinzenta do dorso da fêmea geralmente penetra pelo preto da coroa.A época de acasalamento desta espécie ocorre no fim do Inverno. A fêmea constrói um ninho em qualquer concavidade, seja um buraco de um muro, as raízes de uma árvore, a cavidade de um tronco de árvore, um local abrigado de um telhado. A postura ronda geralmente cinco a seis ovos que são incubados pela fêmea por cerca de duas semanas. Os juvenis saem do ninho duas ou três semanas depois, geralmente já durante a Primavera. As Labandeiras do Norte da Europa migram no Inverno para zonas do continente africano e para o sul do continente Europeu. A alvéola-branca-britânica é uma subespécie. O macho surge com o dorso preto. Parecidos com a alvéola-branca são a alvéola-cinzenta (Motacilla cinérea) de peito amarelo, cauda negra e dorso cinzento e a alvéola-amarela que tem as regiões inferiores de cor amarela e o dorso esverdeado.Este pássaro encontra-se espalhado por quase todo o mundo com particular destaque para a Europa, Ásia e África. Surge em Portugal na Beira Baixa, Beira Litoral, Extremadura, Ribatejo, Alentejo e Algarve, no arquipélago da Madeira e em todas as ilhas dos Açores.Pode ser avistada em campos abertos, prados, margens fluviais e lacustres e no caso das ilhas surge frequentemente á beira-mar, com mais frequência no Verão enquanto no Inverno tem tendência a se deslocar mais para as Serras.
Melro
O melro-preto (Turdus merula), vulgarmente conhecido apenas como melro ou mérula, é uma ave pertencente ao género Turdus. Ocorre naturalmente na Europa, Norte de África, Médio Oriente, Ásia Meridional e Ásia Oriental, e foi introduzida na Austrália e Nova Zelândia em meados do século XIX. Dependendo da latitude, pode ser residente, migratória ou parcialmente migratória. Possui numerosas subespécies na sua vasta área de distribuição, algumas das quais são consideradas espécies separadas por alguns autores.[5] O melro-preto é omnívoro, consumindo uma grande variedade de insetos, vermes, bagas e drupas.[6] Apresenta um forte dimorfismo sexual; o macho adulto da subespécie nominal T. m. merula é completamente preto, com exceção do bico e do anel orbital de cor amarela, e possui um vasto repertório de vocalizações, enquanto que a fêmea adulta e os juvenis são predominantemente de cor castanha. Esta espécie nidifica em bosques e jardins, construindo ninhos em forma de taça com ervas e lama em trepadeiras ou arbustos, e pode ser encontrada tanto em florestas como em campo aberto e zonas urbanas.Ambos os sexos exibem um comportamento territorial nos locais de nidificação, cada qual com comportamentos agressivos distintos, mas é mais gregário durante as migrações e nas áreas onde inverna. Tanto os machos como as fêmeas podem permanecer no seu território durante todo o ano desde que o clima seja suficientemente temperado e haja alimento disponível durante o inverno. Apesar de poderem ocorrer flutuações locais nas populações devido a ameaças específicas, possui uma grande área de distribuição geográfica e uma grande população global, pelo que não se considera que se encontre globalmente ameaçada. Existem numerosas referências literárias e culturais ao melro-preto, frequentemente relacionadas com o canto melodioso dos machos. O melro-preto é a ave nacional da Suécia.
Mocho Galego
Em Portugal, podem ser vistos com frequência durante o dia, muitas vezes pousados nos fios eléctricos ou telefónicos e nos postes. A cabeça é achatada e as pernas e a cauda são curtas. Machos e fêmeas apresentam uniformemente uma coloração castanho e branca. O seu habitat preferido são, os campos abertos com pequenos grupos de árvores, vilas e pequenas cidades. Activo tanto de dia como de noite, pode manter-se longamente imóvel nos pontos que elege como observatórios, perscrutando o ambiente em sua volta com a sua cabeça muito móvel, olhando incessantemente em todos os sentidos. Quando se sente ameaçado, adopta o mesmo tipo de comportamento. constrói o ninho em buracos de árvores, depressões nas rochas ou abrigos em edifícios construídos pelo homem. Põe 4 a 7 ovos, que são incubados durante 1 mês exclusivamente pela fêmea. Alimentação é constituída por roedores, aves, insectos e vermes.
Papa-Figos
O macho adulto é fácil de identificar: cabeça e dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho. A fêmea é mais esverdeada e, quando em voo, pode confundir-se com o pica-pau-verde. Apesar de raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir com frequência o seu canto aflautado, sendo este muitas vezes o primeiro sinal da sua presença. Deve, contudo, acautelar-se a possibilidade de se tratar de um estorninho-preto, que imita bem o canto do papa-figos. O papa-figos distribui-se de norte a sul e pode ser considerado comum na metade interior do território e pouco comum na metade ocidental. É um visitante estival que chega bastante tarde ao nosso país: a maioria dos machos faz-se ouvir a partir de finais de Abril ou início de Maio e canta até ao princípio de Julho. Parte para África em Agosto, sendo já raro a partir de Setembro.
Pega
A pega-rabuda é comum em toda a Europa, Ásia, Norte de África e América do Norte. Distribui-se pelo Hemisfério Norte, entre os 70º N na Europa e 15º N na Arábia Saudita. Na América do Norte está confinada à parte ocidental. Na Península Ibérica, encontramos a subespécie Pica pica melanotos que em Portugal é comum no norte e centro do país, estando no Alentejo mais confinada ao interior.São aves generalistas, podendo ser encontradas numa grande variedade de habitats. Vivem principalmente em zonas agrícolas de características diversas, como terrenos de cultura com arbustos e árvores ou pequenas matas nos campos, mas ocorrem mesmo em zonas suburbanas com parques ou jardins.O período de nidificação vai de Abril a Junho, a fêmea incuba normalmente 5-6 ovos durante 17 a 18 dias. As crias são depois alimentadas pelo macho e pela fêmea, duas a três vezes por hora. As primeiras penas nas crias aparecem ao oitavo dia de vida e com 14 dias já têm cauda. A permanência no ninho é de 22 a 27 dias.Na época de reprodução esta espécie tem comportamento territorial, tornando-se as aves bastante misteriosas e silenciosas. As pegas do norte da Europa defendem territórios maiores, enquanto que no sul da Europa os ninhos podem estar agregados e defendem somente uma pequena área em redor do ninho. O casal de pegas-rabudas vive em acasalamento permanente, mantendo-se na sua zona de nidificação se o Inverno não for muito rigoroso. Os ninhos que os casais de pegas-rabudas fazem ou renovam, nas árvores (em segunda opção constroem o ninho também em arbustos e no chão), todos os anos durante cerca de 40 dias, são muito distintos e resistentes.
Perdiz
O seu habitat preferido são os campos abertos, com vegetação dispersa, como montados, matos e campos de cereais. a sua necessidade de uma alimentação diversificada, leva-a a evitar as grandes extensões de monocultura. O bico e as patas são vermelhos, com uma faixa marginada de negro na garganta e uma faixa branca comprida na cabeça, passando por cima dos olhos. Os flancos são cinzentos claros com barras brancas, negras e vermelhas. No Inverno, reúnem-se em grandes bandos, que se voltam a separar para o acasalamento, na Primavera Seguinte. A perdiz é insectívora no seu 1º mês de vida, depois passa a seguir uma dieta essencialmente vegetariana, à base de grãos de cevada, trigo, aveia, folhas, flores e rebentos de varias plantas.
Petinha
A petinha-dos-prados (Anthus pratensis) é uma espécie de ave da família Passeridae. Mede cerca de 14,5 cm de comprimento. Nidifica no norte da Europa e Ásia. Faz o ninho no chão. É em geral migratória, passando o Inverno no sul da Europa, norte de África e sul da Ásia, mas é residente na Irlanda, Grã Bretanha e França, onde fazem curtos movimentos para a costa ou terras baixas durante o Inverno Os seus habitats naturais são: campos rupestres, terras baixas alagadas, praias, andando normalmente no solo. Em Portugal pode ser observada de finais de Setembro a princípios de Abril. Alimenta-se principalmente de insectos e algumas sementes.
Picanço
O picanço-barreteiro (Lanius senator) é uma ave passeriforme lanídea com cerca de 17 cm. A nuca e a garganta são de um castanho-encarniçado. O resto da plumagem é em tons de branco e preto. A fêmea apresenta um padrão semelhante, todavia as suas cores são menos vistosas. O picanço-barreteiro ocorre em todos os países do Mediterrâneo, incluindo Portugal, habitando pomares soalheiros e secos, e terrenos de arbustos. A sua alimentação é composta essencialmente por insectos, tais como os gafanhotos, consumindo, por vezes, pequenas aves, como os pardais. O ninho é construído pela fêmea e encontra-se nas árvores a grande altura. O ninho é decorado com flores e penas de outras aves. O choco dura à volta de 16 dias. O seu início é em fins de Maio. Em Portugal é uma espécie abundante, sobretudo no Sul, sendo rara no Litoral Centro e Norte, onde o clima é mais húmido.
Pintassilgo
Comunicativos e sociáveis, os pintassilgos são observados em bandos ou em pequenos grupos familiares. Os seus locais preferidos, são cantos e pátios abandonados, locais com vegetação alta e jardins mal cuidados. O bico do pintassilgo é uma ferramenta de precisão, ideal para introduzir nas apertadas cápsulas de cardos e extrair as suas sementes. Esta sua capacidade dá-lhe uma fonte de alimento ao longo do Inverno, quando as sementes mais acessíveis já foram comidas. na época de acasalamento a sua alimentação passa a incluir também, pequenos insectos e aranhas.
Pisco de peito Ruivo
É uma ave pequena, com cerca de 14 cm. Os adultos apresentam o peito e a testa de cor laranja ferrugínea muito característica. Os juvenis são castanhos com pintas abundantes castanho amarelado e mudam para a plumagem de adulto ao fim de um ano.Insectos, aranhas, minhocas e caracóis. No Outono e Inverno, bagas e outros frutos moles, tais como, passas, flocos de aveia e outros. Florestas húmidas mistas e de folha caduca, com grande densidade de ramos baixos, parques, jardins com arbustos, perto de água. São em geral residentes, mas os da Escandinávia migram para sul no inverno. Esta espécie é monogâmica e territorial. Os ninhos podem localizar-se em buracos no solo, taludes, muros, por entre raízes de árvores velhas e no interior de casas abandonadas. O ninho é volumoso, com uma base feita de folhas secas, e uma "tigela" central de musgo, ervas e pequenas folhas, revestida de material mais fino, incluindo cabelos, fibras vegetais e ocasionalmente penas. A postura geralmente é constituída por 4 a 6 ovos brancos ou ligeiramente azulados, com um número variável de pequenas manchas avermelhadas. A incubação dura 13 a 14 dias, e as crias permanecem no ninho em média cerca de 13 dias antes de o abandonarem.
Poupa
A poupa passa muito tempo a cuidar da sua bonita plumagem em confortáveis poleiros. Anda e dá pequenas corridas no solo, sobre as suas curtas patas, quando procura alimento. É uma voadora lenta e com padrões tão vivos, tornando-se por isso numa fácil presa para as aves de rapina. Sente-se muito mais segura no chão, onde se mistura bem nas luzes e sombras, mesmo nos prados abertos que prefere. Esporadicamente a poupa caça insectos no ar, quando estes formam espessas nuvens e se tornam fáceis de apanhar. Preferencialmente procuram o alimento a pé, procura entre as pedras, nas ervas e no solo insectos, larvas de insectos e minhocas. Para encontrar o seu alimento, mergulha de bom grado o bico dentro de montes de estrume de vaca, ovelhas e cavalos.
Rola
A rola comum reconhecem-se facilmente graças à característica plumagem cor de canela e aos sonoros "trruuu, trruuu" com que na época de acasalamento enchem os ares. Quando fazem a corte, os machos são especialmente barulhentos. costumam ouvir-se em bosques, margens de rios e parques de vegetação densa. A rola comum é uma das aves mais apreciadas pelos caçadores. Em Portugal, a rola surge em finais de Março ou princípios de Abril, quando começa a fazer calor, e fica até final da incubação. A fêmea tem duas posturas cada ano e põe 2 ovos de cada vez. Quando os filhotes já estão crescidos e o frio ameaça voltar as rolas regressam às terras quentes da África e da Ásia, onde passam o Inverno. Os Agricultores não gostam muito da rola, porque a sua alimentação é feita essencialmente á base de sementes.
Rouxinol
É uma ave bastante difícil de se ver, canta normalmente escondida. Tem uma plumagem discreta, de cor geral acastanhada e mortiça. Os adultos são castanho avermelhados na parte superior, cor que se funde com tons creme na parte inferior. Os juvenis são mais claros na parte superior e apresentam um escamado na parte inferior. Têm olhos grandes, pretos, realçados por um fino anel branco. A cauda é castanha avermelhada, alongada e arredondada e as patas são longas e robustas. Mede 16-17 cm e pesa de 18-27 gramas.Frequenta charnecas, matas e bosques, podendo ser também encontrado em parques e jardins. É visitante estival de toda a Europa, salvo o extremo norte, de onde migra para a zona tropical de África, até à latitude do norte de Angola, de Julho/Agosto a Março/Abril. Encontra-se também em toda a Ásia, migrando no inverno para sul.É uma ave solitária, exceptuando na época de reprodução, em que a família se mantém junta até as crias se tornarem autónomas. O rouxinol é um excelente cantor. Tem um extenso repertório, com trinados fluidos terminando em crescendo. É normalmente ouvido depois do escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite (em inglês é por isso chamado de nightingale, que significa cantor noturno), mas também se ouve com frequência durante o dia. Fica quase sempre oculto pela vegetação, embora por vezes o macho se empoleire a descoberto para cantar.Passa muito tempo no solo em busca de alimento.Põe 4 a 5 ovos azuis claros com manchas avermelhadas, numa só postura entre Maio e Junho que são incubados pela fêmea durante 13/14 dias. O ninho em forma de taça, é feito num arbusto baixo ou mesmo no solo, quase nunca acima de 30 cm. As crias têm a penugem completa ao fim de 11 dias mas só se tornam independentes ao fim de mais 3 semanas.
Tartaranhão
O Tartaranhão-caçador é a mais pequena das águias europeias. O macho tem plumagem cinzenta azulada, asas muito compridas e estreitas, corpo esguio e cauda comprida e estreita de coloração negra. Em voo, distingue-se uma banda preta nas secundárias. A fêmea e os juvenis apresentam uma plumagem de tons castanhos arruivados. Habitualmente silencioso. O chamamento nupcial é um pio rápido e repetido de tonalidade aguda. Reproduz-se em planícies descampadas, searas, terrenos baldios entre campos de cultivo e urzais. Migrador por excelência, antes do fim do Verão retorna a África às regiões a sul do deserto do Sara para passar o Inverno. Caça a 2 ou 3 metros do solo contornando o relevo do terreno. Virtuoso acrobata, justifica plenamente o nome que Lineu lhe atribuiu, Circus. Executa voos malabaristas nas suas elaboradas paradas nupciais em voo. Nidifica no solo, onde constrói um ninho de 20 a 40 cm de diâmetro. A postura consiste em 3 a 5 ovos, incubados pela fêmea durante 4 semanas. Os juvenis são capazes de voar ao fim de 35 dias. Alimenta-se de aves, pequenos mamíferos, lagartos e insectos.