As lengalengas serviam maioritariamente para os jogos das crianças ou para gozar com certos nomes e situações,servindo acima de tudo para enriquecer o vocabulário e enriquecer a nossa aldeia.
pim pom pum cada bala mata um dá de comer à galinha e ó pirum quem se salva és mesmo tu
ana lita pirolita bacalhau sardinha frita quantos pelos tens na pita
chico penico quilhões de cabrito pissa de galo quilhões de cavalo
Fui à caixa das bolachas comi uma comi duas comi três olha o burro que tu és um dó li ta quem ta livre,livre está
o josé foi à horta encontrou uma cabra morta o josé pôs o pé a cabrita fez mé meé
a criada lá de cima foi feita de papelão quando foi fazer as camas diz assim pró ladrão:
7 e 7 são 14 com mais 7 são 21 tenho 7 namorados e não gosto de nenhum.
meinino jesus passou por aqui levava uma cruz escolheu-te a ti
tenho uma pata na minha gaveta dou-lhe pão diz que não dou-lhe chicha diz que arreguicha
preta mulata nariz de batata rouba galinhas e mete pra saca
mariazinha fez xixi na panelinha foi dizer à vizinha que era caldo de galinha
1,2,3,4 foi na rua 24 que a mulher matou o gato com a ponta do sapato o sapato derreteu a mulher morreu
lagarto pintado quem te pintou? foi uma velha que por aqui passos no tempo da areia fazia poeira puxa pagarto por aquela orelha
serrabico bico bico quem te deu tamanho bico? foi a velha chocalheira com ovos e manteiga os cavalos a correr as meninas a aprender qual será o mais bonito que se irá esconder?
o tio zé da pita rata tem piolhos na gravata quantos tira quantos mata um dois tres
argolinha finca o pé fincao pé na pipolinha o rapaz que foge faz faz um jogo de capão de capão manuel joão cicotal merral 24 merdaxal
joão brandão toca as vacas ó candão toca-lhe a gaita que elas virão
ana magana roca de cana fita vermelha rabo de ovelha põe-te na serra a tocar na caravelha
ana magana rabeca susana pariu um menino debaixo da cama num caga nim meija nim vai à igreija
maria rabo de enguia fecha a porta com de dia que lá vem o bicho mau que se vai ao bacalhau
zé tira o pico e ranhó pé maria cotovia põe-te a pé com de dia pega na roca e fia três maçarocas por dia
ó maria o teu melro canta e o meu assobia
nunca vi bom pedro nem bom burro negro nem bom lameiro por cima do rego
ai tonho tonho tão mal estimado és ai tonho tonho nem umas meias tens pros pés
una duna tena quatrena migalha cigarra carapis carapés conta bem que são dez
(dedos) mindinho anelar maior de todos fura bolos mata piolhos
este vai aos ovos este vai ao sal este vai à lenha este frita-os e este come-os
pelo sinal do carqueijal comi toucinho num me fez mal se mais me desse mais comia adeus compadre até outro dia
pelo sinal da santa caracha vinho maduro prás nossa borracha
pelo sinal de santa cacheira livremos deus desta borracheira
pai nosso caldo grosso chicha gorda não tem osso rilhó tu que eu já não posso
avé maria tijela vazia adeus senhora até outro dia
salve rainha saltei uma vinha veio o dono cum pau de lodo zumba zumba no teu lombo
salve rainha salve raiola corto-te as pernas com esta sachola
pelo sinal vou-me deitar da santa cruz nem vejo lume nem luz livre-nos deus louvamos a deus nosso senhor com muito louvor e dos nossos vale mais a carne que os ossos inemigos um chapéu de figos em nome do padre estes me cabe e do filho este comigo e do espirito santo antes que fique em branco Era uma velha que tinha um gato E debaixo da cama o tinha. O gato miava e a velha dizia: Mal haja o teu miar Que não me deixa dormir Nem tão pouco descansar. .Era uma velha que tinha um cão E debaixo da cama o tinha. O cão ladrava, o gato miava E a velha dizia: Mal haja o teu ladrar e o teu miar Que não me deixam dormir Nem tão pouco descansar. Era uma velha que tinha um galo E debaixo da cama o tinha. O galo cantava, o cão ladrava, O gato miava e a velha dizia: Mal haja o teu cantar, O teu ladrar e o teu miar Que não me deixam dormir Nem tão pouco descansar. Era uma velha que tinha um porco E debaixo da cama o tinha. O porco roncava, o galo cantava, O cão ladrava, o gato miava E a velha dizia: Mal haja o teu roncar, o teu cantar, O teu ladrar e o teu miar Que não me deixam dormir Nem tão pouco descansar. Era uma velha que tinha um burro E debaixo da cama o tinha. O burro rinchava, o porco roncava, O galo cantava, o cão ladrava, O gato miava e a velha dizia: Mal haja o teu rinchar, O teu roncar, o teu cantar, O teu ladrar e o teu miar Que não me deixam dormir Nem tão pouco descansar. Era uma velha que tinha um boi E debaixo da cama o tinha. O boi berrava, o burro rinchava, O porco roncava, o galo cantava, O cão ladrava, o gato miava E a velha dizia: Mal haja o teu berrar, o teu rinchar, O teu roncar, o teu cantar, O teu ladrar e o teu miar Que não me deixam dormir Nem tão pouco descansar. A velha viu-se obrigada então A tomar uma decisão: Mata o boi, mata o burro, Mata o porco, mata o galo, Mata o cão, mata o gato, E satisfeita dizia: Acabou-se o teu berrar, Acabou-se o teu rinchar, Acabou-se o teu roncar, Acabou-se o teu cantar, Acabou-se o teu ladrar, Acabou-se o teu miar, Agora posso dormir, Também posso descansar.
Mulher minha não bebe mais vinho, Que lhe quero dar uns socos. - Pés tortos não calçam socos, Ora venha vinho prós nossos copos. - Mulher minha não bebe mais vinho, Que lhe quero dar umas meias. - Pernas feias não calçam meias, Pés tortos não calçam socos, Ora venha vinho prós nossos copos. - Mulher minha não bebe mais vinho, Que lhe quero dar uma camisa. - Barriga lisa não veste camisa, Pernas feias não calçam meias, Pés tortos não calçam socos, Ora venha vinho prós nossos copos. - Mulher minha não bebe mais vinho, Que lhe quero dar um casaco. - Corpo fraco não veste casaco. Barriga lisa não veste camisa, Pernas feias não calçam meias, Pés tortos não calçam socos, Ora venha vinho prós nossos copos. - Mulher minha não bebe mais vinho, Que lhe quero dar um vestido. - Cu comprido não veste vestido. Corpo fraco não veste casaco. Barriga lisa não veste camisa, Pernas feias não calçam meias, Pés tortos não calçam socos, Ora venha vinho prós nossos copos.
Aqui está a casa que fez o Simão. Aqui está o saco de grão e feijão Que estava na casa que fez o Simão. Aqui está o rato que furou o saco de grão e feijão Que estava na casa que fez o Simão. Aqui está o gato que comeu o rato, Que furou o saco de grão e feijão Que estava na casa que fez o Simão. Aqui está o cão que mordeu o gato, Que comeu o rato, Que furou o saco de grão e feijão Que estava na casa que fez o Simão. Aqui está a vaca de chifre afiado Que turrou o cão, que mordeu o gato, Que comeu o rato, Que furou o saco de grão e feijão, Que estava na casa que fez o Simão.
Ao galo e à galinha
Eu estava na cozinha, A fazer o pão-de-ló, E o galo da vizinha, A fazer có-có-ri-có.
A minha galinha pinta Põe três ovos num só dia. Se ela me pusesse quatro, Que dinheiro não faria! Já me davam pela crista Uma vaquinha mourisca. Já me davam pela cabeça Uma vaquinha moiresca. Já me davam pela moela Uma vaquinha amarela. Já me davam pelas penas Duas vaquinhas morenas. Já me davam pelo rabo Um cavalinho enfeitado.
Uma tenho uma galinha pinta Que põe três ovos ò dia. Se ela me pusesse quatro, Inda muito mais valia. Já me davam pelas tripas Uma feixada de fitas. Já me davam pelas asas Uma aldeia com dez casas. Já me davam pela língua. A cidade de Coimbra. Já me davam pelas pernas Umas meias amarelas. Já me davam pelo corpo Toda a cidade do Porto. Galinha que vale tanto Das pernas até ao osso Não vai parar ao convento: Vou comê-la ao almoço
Eu tinha uma pita pinta, Punha três ovos ao dia. Se ela me pusesse quatro, Melhor conta me fazia. Já me davam pelo bico A quinta do Arcebispo. Já me davam p’la goela Quatro burros sem costela. Já me davam pelo lombo Quatro canastras de congro. Já me davam pelo rabo Sete mil e um cruzado. Já me davam pelas tripas Quatro varas de fitas. Já me davam pelas pernas Umas meias amarelas. Já me davam pelo cu A quinta do Barzabu.
Era uma vez um homem, O homem tinha uma cabra, A cabra tinha um cabrito, O cabrito tinha um quintal, O quintal tinha uma árvore, A árvore tinha um ninho, O ninho tinha ovinhos, Os ovinhos chocaram E nasceram passarinhos. Os passarinhos cantavam: Piu… piu… piu… piu… Os passarinhos cresceram, Os passarinhos voaram.
O Zezinho foi á horta, Encontrou a cabra morta; O Zezinho pôs-lhe o pé, A cabrinha fez: mé…mé…
Certo dia, fui à caça, Lindo canário cacei; Fui levá-lo de presente À filha do nosso rei. À filha do nosso rei, À princesa brasileira, Que o pôs numa gaiola Da mais fininha madeira. Da mais fininha madeira, E o canário pôs dentro. Quer de dia quer de noite, Era o seu entretimento, Mas vieram-lhe as sezões: Mandou chamar uma junta De trinta cirurgiões. Dos trinta cirurgiões Nenhum lhe deu com a cura: Morreu o pobre canário, Lá foi para a sepultura. Lá foi para a sepultura E ficou lá no deserto. Diziam as raparigas: Leva o biquinho aberto. Foram fazer o jantar De rouxinóis e pardais. O diabo da carriça É que tocou a sinais. Catrapás, catrapás… Que grande poeira O cavalo faz! Catrapés, catrapés… Ele anda com rodas, Eu ando com os pés. Catrapis, catrapis… È um bom cavalinho, Toda a gente o diz. Catrapós, catrapós… Quanto mais o puxam Mais ele é veloz. Catrapus, catrapus… Partiu-se o cavalo E eu caio.Jesus!
Galopa, galopa, Sem santo nem senha. Uns dizem que vai Pra terras de Espanha. Não leva bordão, Não tem peitoral, Por isso, outros dizem: - Fica em Portugal. Sola, sapato, Rei, rainha Foi ao mar Buscar sardinha Para a mulher do juiz Que está presa Pelo nariz; Salta a pulga Na balança Que vai ter Até à França, Os cavalos A correr As meninas A aprender, Qual será A mais bonita Que se vai Esconder?
Aqui está a casa que fez o João. Aqui está o saco do grão e feijão que estava na casa que fez o João. Aqui está o rato que furou o saco de grão e feijão que estava na casa que fez o João. Aqui está o gato que comeu o rato que furou o saco de grão e feijão que estava na casa que fez o João. Aqui está o cão que mordeu o gato que comeu o rato que furou o saco de grão e feijão que estava na casa que fez o João.
Glin-glin, que tens ao lume? Glin-glin, tenho papas. Glin-glin, dá-me delas. Glin-glin, não tenho sal. Glin-glin, manda-o buscar. Glin-glin, não tenho por quem. Glin-glin, por João Branco. Glin-glin, não pode, está manco. Glin-glin, quem o mancou? Glin-glin, foi um pau. Glin-glin, que é do pau? Glin-glin, o lume o queimou. Glin-glin, que é do lume? Glin-glin, a água o apagou. Glin-glin, que é da água? Glin-glin, o boi a bebeu. Glin-glin, que é do boi? Glin-glin, foi moer o trigo. Glin-glin, que é do trigo? Glin-glin, a galinha o comeu. Glin-glin, que é da galinha? Glin-glin, foi pôr ovos. Glin-glin, que é dos ovos? Glin-glin, o frade os comeu. Glin-glin, que é do frade? Glin-glin, foi dizer missa. Glin-glin, que é da missa? Glin-glin, já está dita. Glin-glin, que é da campainha? Glin-glin, está aqui! Está aqui!
O que está na varanda? Uma fita de ganga. O que está na janela? Uma fita amarela. O que está no poço? Uma casca de tremoço. O que está na pia? Uma casca de melancia. O que está na chaminé? Um gato a coçar o pé. O que está na rua? Uma espada nua. O que está atrás da porta? Uma velha morta. O que está no ninho? Um passarinho. Dá-lhe bolachas e deixa-o quentinho.
O tempo pergunta ao tempo Quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo Que o tempo tem tanto tempoQuanto tempo o tempo tem.