Come sopa, vive alto, nada quente: viverás longamente.
Comida sem caldo, papo dissecado.
Da mão à boca se perde a sopa.
Em velha gamela também se faz boa sopa.
Muitos cozinheiros... estragam a sopa
Come caldo... vive em alto...anda quente...viverás longamente
Do prato à boca perde-se a sopa.
Por mais santo que seja o dia a panela tem que ferver.
Acabou a galinha, acabou o resguardo.
À falta de capão... cebola e pão
A galinha da minha vizinha é mais gorda que a minha.
A carne de acém é pouca e sabe bem, mas não para quem filhos tem.
Abre o olho, que assam carne
Boa é a cozinha quando há carne.
Carne, carne cria e peixe, água fria.
Carne de hoje, pão de ontem, vinho de outro verão fazem o homem são.
Carne que baste...vinho que farte... pão que sobre
Dá Deus toucinho a quem não tem espeto (Dá Deus toucinho aos judeus).
Do capão a perna, da galinha a titela (carne do peito).
Da carne faz o guisado, das peles guisa o engano.
Frango na panela de pobre é desgraça certa: doença do pobre, «bouba» do franguinho ou raiva do vizinho.
Frigir a carne de porco com a banha do mesmo porco.
Galinha gorda não precisa de tempero.
Galo bom não é gordo.
Não há galinha gorda por pouco dinheiro.
Galinha «pedrês» não a comas nem a dês
Galinha velha faz bom caldo.
Mais vale um ovo hoje que galinha amanhã.
Mulher que pariu, quer galinha.
Abre o olho que assam carne.
Dia de S. Silvestre, quem tem carne que lhe preste.
Não há amor como o primeiro, nem pão como o alvo, nem carne como o carneiro.
Não há sermão sem Santo António, nem panela sem toucinho.
Todos os dias galinha, enfastia a cozinha.
Galinha e peru, tudo é um com arroz.
À falta de capão, cebola e pão.
Antes coelho magro no mato que gordo no prato.
A perdiz, com o dedo no nariz.
A vaca bem cozida e mal assada.
Capão de oito meses, para a mesa de rei.
Carne do peito é sem proveito.
Carne e peixe na mesma comida, encurtam a vida.
Das aves, boa a perdiz, mas melhor a codorniz.
Fiambre e fiado: sabem bem, mas fazem mal.
Frango em Janeiro, vale um carneiro.
Quem come a carne que roa também os ossos.
Sem sangue não se fazem morcelas.
Lá vai o mal, aonde comem o ovo sem sal.
Quem me dá um ovo... não me quer ver morto.
No frigir dos ovos é que se vê a manteiga.
Sem ovos não se fazem omoletas.
A mulher e a sardinha querem-se da mais pequenina
A mulher e a sardinha quanto maior mais daninha.
Da mulher e da pescada a mais alentada.
A sardinha de Abril é vê-la e deixá-la ir.
A pescada de Janeiro, vale carneiro.
Da pescada a rabada, fresca que não salgada.
Bacalhau é comer de negro e negro é comer de onça.
Cada um puxa a brasa para a sua sardinha
Para quem é, bacalhau basta.
Peixe não puxa carroça.
Depois de peixe, não é bom o leite.
Mais peixe, menos salsa.
A truta e a mentira, quanto maior melhor.
Goraz de Janeiro, vale carneiro. (Os escalos em Janeiro têm sabor de carneiro. Solha em Janeiro, é melhor do que carneiro.)
Não comas lampreia que tem a boca feia.
Não há comida abaixo da sardinha, nem burro abaixo do jumento.
O peixe deve nadar três vezes: em água, em molho e em vinho.
O robalo quem o quiser há-de escamá-lo.
Peixe e cochino: vida em água, morte em vinho.
Quem caracóis come em Abril, apanha cera e panil (mortalha).
Sardinha de S. João, já pinga no pão.
A cabeça de besugo come-a o sisudo e da boga dá a tua sogra
A sardinha de S. João unta o pão.
Boa é a truta, bom é o salmão, bom é o sável quando da sazão.
Se tens sardinha... não andes à cata de peru.
À moça a quem bem sabe o pão, perdido é o alho que lhe dão.
À gana de comer (Com fome) não há mau pão.
À mingua de pão, boas são as tortas.
A pão de quinze dias, fome de três semanas.
A pão duro, dente agudo.
A pouco pão, tomar primeiro.
A quem não sobeja pão, não crie cão.
Aquele que não tem pão não sustenta cão.
A quem tem seu pão no forno, podemos dar do nosso.
A quem coze e amassa não furtes fogaça (ou a massa).
Antes um naco de pão com amor do que galinha com dor.
Bem-haja o pão que presta e a moça que o come.
A açorda faz a mulher (velha) gorda. (A açorda faz a velha gorda e a menina formosa)
Andar o pão emprestado, fome põe.
Aonde lhes cabe o pão, não lhes cabe o mais.
Antes quero pão enxuto que tal conduto.
Ano bom de pão e vinho.
Ao bom amigo com teu pão e teu vinho.
As migas são como as formigas.
Bem estou com meu amigo que come seu pão comigo.
Bem-haja o pão que presta (e a moça que o come).
Boas sopas se farão com bom adubo e bom pão.
Bocado de mau pão não o comas nem o dês a teu irmão.
Quem dá o pão dá a educação.
Assim como dá o pão, pode dar o pau.
Azado é o pão para quem o há-de comer
Beleza e formosura nem dão pão nem fartura.
Broa quente... muita na mão e pouca no ventre. (Pão quente: muito na mão e pouco no ventre.)
Cada «bucha» sua pinga.
Casa onde não há pão... todos ralham e ninguém tem razão
Café com pão, bolacha não.
Come pão, bebe água: viverás sem mágoa.
Comida sem pão é comida de lambão.
Coze-se o pão, enquanto o forno está quente.
Lágrimas com pão, ligeiras (passageiras) são.
Mais vale pão duro que figo maduro.
Mais vale pão hoje que galinha amanhã.
Meia vida é a candeia e pão e vinho a outra meia.
Mesa sem pão... é mesa de vilão
Não há mau pão para boa fome.
Pão afatiado não farta rapaz esfaimado.
Pão com bolor e sardinha assada: descansa corpo e trabalha enxada.
Pão de caldo, filhós de manteiga.
Pão durázio, caldo de uvas, salada de carne e… deixar a medicina.
Pão e vinho, levam o homem a caminho.
Pão proibido, abre o apetite.
Quem terá as mãos quedas a pão fresco e beringelas?
Tal é o pão, tal é a sopa.
O pão puxa que não a muita erva.
O pão põe a força que não outra coisa.
A boa fome não há mau pão.
Andar a pão emprestado, fome põe.
Bem sei o que digo, quando pão pido.
Nem pão quente... nem vinho que salte ao dente.
O pão: pela cor e o vinho: pelo sabor.
Pão afatiado não enfarta rapaz esfaimado.
Quando não há pão, come-se broa.
Para boa fome não há mau pão.
Bom é o pão, com dois pedaços.
Dos cheiros o pão, e dos sabores o sal.
Arroz bem guisado, mas bem repousado.
Arroz para a música, bacalhau para o pregador.
De papas e arroz o pegado é o melhor.
Abóbora é água.
Quem vê o funcho e não o come, é o diabo, não é home.
A missa e o pimento são fraco alimento
Favas as primeiras, cerejas as últimas.
Favas das mais baratas, cerejas das mais caras.
Favas me fartam, favas me matam.
Feijão é esteio da casa.
Em tudo assenta o tomateiro, menos no café e no chocolate.
De couves cruas, mulheres nuas e lautas ceias estão as sepulturas cheias
Bebe vinho branco de manhã e à tarde o tinto para teres sangue.
Beber vinho mata a fome.
Bebe vinho, mas não bebas o siso.
Beber sem comer é cegar sem ver.
Bebeu, jogou, furtou: beberá, jogará, furtará.
Afoga-se mais gente em vinho do que em água.
A bebida quer-se comida e a comida bebida.
Antes embebedar que constipar.
De bom vinho, bom vinagre.
Haja saúde e dinheiro para vinho.
O bom vinho faz bom sangue.
Pelo S. Martinho: lume, castanhas e vinho.
Sábados a chover e bêbados a beber, ninguém os pode vencer.
Sancha, Sancha: bebes vinho e dizes que mancha.
O vinho bom põe nódoa, e é o melhor da mesa.
Vinho branco é beber e não ser manco.
Vinho doce, bebe-o como se nada fosse.
Vinho em excesso nem guarda segredo, nem cumpre promessa(s).
Vinho madurão faz o homem brigão.
Vinho, mulheres e tabaco fazem o homem fraco.
Vinho que baste, carne que farte, pão que sobre e seja eu pobre.
Vinho, azeite e amigos... os mais antigos
Bom vinho, má cabeça.
De vinho abastado, de razão minguado.
O vinho faz bem aos homens, quando são as mulheres que o bebem
Quem ceia em vinhas... almoça em fontes
Água ao figo e à pêra vinho.
Água corrente não mata a gente.
Água corrida não faz mal à barriga.
Água danificada, fervida ou coada.
Água detida má para bebida.
Água e pão comida de cão (de corrida se vão).
A água fervida tem mão na vida.
Água e vento são meio sustento
Água que veja o sol: sem cor, sem cheiro e sem sabor.
Água quente, nem a são nem a doente.
Água limpa nunca engordou o porco.
Água sobre mel, sabe mal e não faz bem.
Com pão e água há quem jejua.
A água não empobrece nem envelhece.
Água sobre mel: sabe mal e não faz bem.
Bebedice de água nunca acaba.
Nunca digas: desta água não beberei.
Quando Deus quer, água fria é remédio.
Quem come salgado, bebe dobrado.
Quem vai à fonte e não bebe... não sabe o que perde.
Alho e pimenta o fastio aumenta.
Alho e vinho puro, levam a porto seguro.
Aonde alhos há, vinho haverá
Azeite de riba, mel de fundo, vinho do meio.
Azeite, dai-mo à ceia e tirai-mo à candeia.
Azeite de oliva todo o mal tira.
Azeite, vinho e amigo, o mais antigo.
Não ter azeite na lâmpada (=não ter energia)
A melhor cozinheira é a azeiteira.
Deixa-te de grelos que é roubo de azeite.
A salada bem salgada, pouco vinagre e bem azeitada. (A salada quer-se com vinagre deitado por um sumítico, azeite por um pródigo e mexida por um tolo.)
A salada quer-se temperada por um cego e mexida por um louco.
Molho fervido, azeite perdido.
Gato que nunca comeu azeite, quando o come se lambuza.
Leite de cabras, queijo de ovelhas e manteiga de vaca.
Leite sem pão até à porta vai.
Queijo com pão faz o homem são
Queijo, pêro e pão, comida de vilão. Queijo, pão e pêro, comida de cavaleiro.
Queijo é bom dado por um avaro.
A homem farto as cerejas lhe amargam.
Comer fruta ou jejuar.
Dinheiro e fruta só servem para se comer
Quem quiser que a fruta mal lhe faça, mistura-lhe massa.
Se queres ser são, come fruta com pão.
Frutos e amores os primeiros são os melhores.
Ameixoas e ameixoeiras Deus as tire das nossas leiras.
Dá Deus nozes a quem não tem dentes. (Deus dá nozes a quem não tem dentes para as roer.)
Com bananas e bolos se enganam os tolos.
Banana com queijo sabe a beijo.
Homem farto as cerejas lhe amargam.
Cerejas e más fadas, cuidas tomar poucas e vêm dobradas.
Chamar-lhe um figo.
As cerejas são alegres à vista e tristes no coração.
Água ao figo e à pêra vinho. (Sobre figo água, sobre peras e melão vinho.
Com peras vinho bebas, e que seja tanto que elas andem de canto em canto ou …e tanto que nadem elas)
Da noz o figo é bom amigo.
Quando há figos não há amigos.
Enquanto há figos há amigos.
Mais vale pão duro que figo maduro.
No tempo do figo está sempre a mesa de Deus posta.
O figo para ser bom deve ter pescoço de enforcado, roupa de pobre e olho de viúva.
Uvas, figo e melão é sustento de nutrição.
Uvas, pão e queijo, sabem a beijo.
Uvas verdes, nem os cães las comem.
Olhar para a uva, não mata a sede.
A mulher e o melão, o calado é o melhor.
Melão é pão.
Melão e queijo tomá-los a peso.
À laranja e ao fidalgo, o que quiser; ao limão e ao vilão, o que tiver.
Mais vale laranja em Janeiro, que maçã de madureiro.
Laranja antes de Natal livra de catarral.
O vinagre e o limão são meio cirurgião.
Das cores a grã, da fruta a maçã.
Nozes e trigo merenda de amigo.
Da noz o figo... é bom amigo.
São mais as vozes... que as nozes
Azeitona com pão alvo é comida de fidalgo.
Entre a pêra e o queijo (=no final da refeição).
Ora pela pêra ou pela maçã, minha filha nunca anda sã.
Das cores a grã e da fruta a maçã.
De laranja, o que quiseres; da lima, o que puderes e de limão, o que tiveres.
Uns comem os figos... a outros rebenta-lhes a boca.
A fruta proibida é a mais apetecida.
O melão e a mulher conhecem-se pelo rabo.
Café de cima, vinho do meio e chá do fundo.
Café do primeiro e chá do derradeiro.
Café marca três efes: fraco, frio e fedido.
Café requentado e ar reconciliado que lhe pegue o Diabo.
Café sem bucha, meu bem, não puxa.
A ventre farto o mel amarga.
Com açúcar e com mel até as pedras sabem bem.
Quem lida com mel sempre lambe os dedos.
Coisa doce é arroz doce.
Mastigar marmelada para os tísicos.
Mel novo, vinho velho.
Mel, se o achares, come o que baste.
Se queres o velho menino, em cima do doce, dá-lhe vinho.
Venha o pastel para o meio.
Sopa de mel não se fez para a boca do asno.
Com papas e bolos se enganam os tolos.
Com açúcar e com mel, até as pedras sabem bem.
O doce nunca amargou.
Da má massa, um bolo basta.
A gosto danado o doce é amargo.
À míngua de pão... boas são as tortas.
Biscoito de freira...fanga de trigo.
Mel, se o achaste, come o que baste.
Não alimentes burros a pão-de-ló.
(Tudo) o que é doce nunca amargou.
Nem sempre o forno faz rosquilhas.
Papagaio teme maleitas, porque não lhe dão amêndoas confeitas.
Quem nunca comeu melado, quando come... se lambuza.
O que não mata eng0rda. Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro.
Em Janeiro sobe ao outeiro. Se vires verdejar põe-te a chorar, se vires terrear, põe-te a cantar.
Fevereiro barroqueiro.
Março, Marçagão de manhã Inverno de tarde Verão.
Páscoa em Março, ou muita fome ou muito mortaço.
Páscoa chuvosa, eira centiosa.
Abril águas mil, coadas por um mandril.
Em Abril queima-se carro e carril e deixa-se um tiço para Maio.
Em Abril a velha vai aonde tem de ir e a sua casa vem dormir.
Maio pardo, Junho formoso faz o ano fartoso.
Quem malha em Agosto, malha sempre com desgosto.
Em Setembro vai-se colhendo, em Outubro colhe-se tudo.
Em Setembro secam montes e fontes ou leva açudes e pontes.
Pelo São Martinho vai à adega e prova o vinho.
Dia de Santo André o porco faz qué qué.
Quem muitos burros quer tocar, algum há-de deixar.
Quem se veste de ruim pano, veste-se duas vezes no ano.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer.
Guarda que comer e não guardes que fazer.
Quem compra galinha por pouco dinheiro, ou estava doente ou morreu no poleiro.
Fui pedir ao meu vizinho envergonhei-me, voltei para casa remediei-me.
No dia de Santa Luzia, cresce a noite e mingua o dia.
Dos Santos ao Natal é Inverno geral.
Galinha do campo não quer capoeira.
Grão a grão enche a galinha o papo.
Mais vale cair em graça, do que ser engraçado.
Não é com vinagre que se apanham moscas.
Quem é desconfiado não é fiel.
Quem bem fizer a cama bem se deita nela.
Santos da porta não fazem milagres.
Quem o alheio veste, na praça o despe.
Pelo São Tiago pinta o bago.
Tão ladrão é o que vai à horta, como o que fica à porta.
Quem ao mais alto quer subir ao mais baixo vem cair.
Os dias começam a crescer. Pelo Natal tem um salto de pardal. No dia 1 de Janeiro tem um salto de carneiro. No dia 20 de Janeiro tem uma hora por inteiro e quem bem contar, hora e meia há-de achar.
Por Sto Antão (17.1), neve pelo chão.
Por S. Sebastião (20.1), laranja na mão.
Por S. Matias (24.2), começam as enxertias.
Por S. Matias, noites iguais aos dias.
Por S. Marcos (25.4), bogas e sáveis nos barcos.
Por S. Barnabé (16.5), seca a palha pelo pé.
Pelo S. João (24.6), ceifa o pão.
Pelo S. João, lavra se queres ter pão.
Lavra pelo S. João: terás palha e grão.
Pelo S. João, deve o milho cobrir o cão.
Pelo S. João, figo na mão.
Até ao S. João, é sezão.
Para o S. João guarda o melhor tição.
Até ao S. João sempre de gabão.
Ande por onde andar o Verão, há-de vir pelo S. João.
Galinhas de S. João, pelo Natal, ovos dão.
Sardinha de S. João pinga no pão.
Ande o calor por onde andar, pelo Santo António (13.6), há-de chegar.
No dia de S. Pedro (29.6), vai ver o olivedo. Se vires um bago, conta um cento.
Por S. Pedro, fecha o rego.
Por Santa Marinha (18.7), vai ver a tua vinha.
Por Santa Ana (26.7), limpa a pragana.
Por S. Gens (25.8), vareja as nozes se as tens.
Chuva por Santo Agostinho (26.8), é como se chovesse vinho.
Por S. Mateus (21.9), pega nos bois e lavra com Deus.
Por S. Mateus, vindimam os sisudos e semeiam os sandeus.
Por S. Mateus, conta as ovelhas, que os cordeiros são teus.
Nas têmporas de S. Mateus, pede bom tempo a Deus.
Nas têmporas de S. Mateus, não peças chuva a Deus.
Águas verdadeiras por S. Mateus as primeiras.
Quem planta no S. Miguel (29.9), vai à horta quando quer.
Quem se aluga no S. Miguel não se senta quando quer.
S. Miguel soalheiro enche o celeiro.
S. Miguel das uvas, tanto tardas e tão pouco duras!
S. Miguel passado, tanto manda o amo como o criado.
Se houvesse dois S. Miguéis no ano, não havia moço que parasse no amo.
Por S. Francisco (4.10), semeia o trigo, O velho que tal dizia já semeado havia.
S. Francisco veja o teu campo arado e teu trigo semeado.
Por S. Lucas (18.10), colhidas estão as uvas.
Por S. Lucas, mata os porcos e tapa as cubas.
Por Santa Ireia (20.10), pega nos bois e semeia.
Por S. Judas (28.10), colhidas são as uvas.
Por S. Simão (29.10), semear sim, navegar não.
Por S. Simão, favas na mão.
No dia de S. Simão, quem não faz magusto não é bom cristão.
Quem não planta horta pelos Santos (1.11), inveja a dos vizinhos e espreita pelos cantos.
Por Todos os Santos, neve pelos cantos.
Pelo S. Martinho (11.11), semeia a fava e o linho.
Pelo S. Martinho, mata o porco e semeia o cebolinho.
Queres espantar o vizinho? Lavra e estruma no S. Martinho.
No dia de S. Martinho, encerra o porquinho, souta o soutinho e prova o teu vinho.
Pelo Santo André (30.11), faz o reco cué... cué... Por Santo André, pega no porco pelo pé. Se ele disser cué, cué, diz-lhe que tempo é; se ele disser que tal, que tal, guarda-o para o Natal.
Santa Luzia (13.12) não quer neve. S. Gonçalo não a pede.
Dos Santos ao Natal, Inverno natural.
Tudo vem no seu tempo e o nabal pelo Advento.
Dos Santos ao Advento, pouca chuva e pouco vento.
No Advento, racham as pedras com o vento.
Pelo Natal, poda natural.
Pelo Natal, sacha o faval.
Quem vareja antes do Natal deixa o azeite no olival.
Se queres bom alhal, planta-o pelo Natal.
No Natal, tem o alho bico de pardal.
Caindo o Natal à segunda-feira, pode o lavrador alugar a eira.
Ande o frio onde andar, no Natal há-de chegar.
Natal molhado: ano melhorado.
No Natal, é bom chover e melhor nevar.
Mal vai a Portugal se não houver três cheias antes do Natal.
Rimos molhados: carros quebrados.
Chuva na Ressurreição fura as nozes e leva o pão. Chuva na Ascensão das pedras faz pão.
Chuva no S. João bebe o vinho e come o pão.
Chuva por S. Martinho é como se chovesse vinho.
Nunca passou por mau tempo a chuva da Primavera e do Advento.
No Natal, fiar; no Entrudo, dobar; na Quaresma, tecer; e na Páscoa, coser.
Boa é a neve que em seu tempo vem.
Boa nevada: terra estrumada.
Sete nevadas e um nevão dão muito pão.
Ano de nevão: ano de pão.
Ano nevoso: ano formoso.
Em ano de muita neve, paga o lavrador o que deve.
Folga o pão debaixo do nevão.
Folga o trigo debaixo da neve como a ovelha debaixo da pele.
Quer chova, quer neve, quem tem sede bebe.
Com vento, se limpa o trigo e os vícios com castigo.
Com vento de feição, boa navegação.
A Lua, quando pinta, quinta; e, se ao sexto não despinta, vai até aos trinta.
A Lua, como pinta, trinta.
Circo na Lua: chuva na rua.
Lua, com circo ao largo: chuva ao perto.
Lua deitada: marinheiro em pé.
Lua inclinada não leva nada.
Lua nova trovejada trinta dias é molhada.
Lua nova trovejada trinta dias é molhada; e, se venta, noventa.
Lua nova trovejada ou vem seca ou vem molhada.
Carnaval na rua: Páscoa em casa.
Páscoa a assoalhar: Natal atrás do lar.
Natal à lareira: Páscoa na soalheira.
Natal em casa: Páscoa na praça.
Se a Senhora das Candeias rir, está o Inverno para vir.
Se a Senhora das Candeias chora, está o Inverno fora.
Se a Senhora das Candeias ri e chora, está o Inverno meio dentro e meio fora.
Março chuvoso: S. João Gostoso.
O Agosto será gaiteiro, se for bom o Janeiro.
Aberta para Castela: chuva como terra.
Arco da velha por água espera.
Quando o vento vem do mar, na noite de S. João, não há verão.
Quando o sapo salta, a chuva não falta.
Céu pardacento: ou chuva ou vento.
Céu às cavadelas: chuva às gabelas.
Aurora ruiva: vento ou chuiva.
Ao meio-dia, ou carrega ou alivia.
Rigor da noite: chuva de manhã.
Rigor de nascente: chuva de repente.
Gaivotas em terra: tempestade no mar.
Em ano de nozes, guarda lenha para o Inverno.
Geada na lama: chuva reclama.
Geada na lama: chuva na cama.
Primeiro dia de Janeiro: primeiro dia de verão.
Ao quinto dia, verás o mês que terás.
Arco-íris na serra: tira os bois e lavra a terra.
Boa noite, após mau tempo, traz chuva e vento.
Sol que muito madruga pouco dura.
Manhã de névoa: tarde de sesta.
Vento de leste não traz nada que preste.
Vento suão: chuva na mão.
Vento suão molha no Inverno, seca no verão.
Por S. Clemente (22.11), alça a mão da semente.
Janeiro: geeiro.
Em Janeiro, sobe ao outeiro. Se vires verdejar, põe-te a chorar; se vires terrear, põe-te a cantar.
Janeiro molhado não é bom para o pão, mas é bom para o gado.
Janeiro frio e molhado enche a tulha e farta o gado.
Em Janeiro, sete casacos e um sombreiro.
Em Janeiro, seca a ovelha no fumeiro.
Em Janeiro, cada pinga mata seu grãeiro.
Trovão em Janeiro: nem bom canastro nem bom palheiro.
Se o Janeiro não tiver trinta e uma geadas, tem de as pedir emprestadas.
Luar de Janeiro não tem parceiro, mas o de Agosto dá-lhe no rosto.
Fevereiro: rego cheio.
Fevereiro enxuto rói mais que todos os ratos do mundo.
Quando não chove em Fevereiro, nem bom prado nem bom celeiro.
Chuva de Fevereiro mata o onzeneiro.
Água de Fevereiro enche o celeiro.
Em Fevereiro, chuva; em Agosto, uva.
Em Fevereiro, chega-te ao lameiro.
Fevereiro afoga a mãe no ribeiro.
Ao Fevereiro e ao rapaz perdoa tudo o que faz, se o Fevereiro não for secalhão e o rapaz não for ladrão.
Neve em Fevereiro não faz bom celeiro.
Páscoa em Março: ou fome ou mortaço.
Enxame de Março apanha-o no regaço.
Março zangado é pior que o diabo.
Março, marçagão, de manhã cara de rainha, de tarde corta com a foucinha.
Em Março, onde quer passo.
Em Março, tanto durmo como faço.
Março liga a noite com o dia, o Manel co'a Maria, o pão com o pato e a erva com o sargaço.
Nasce a erva em Março, ainda que lhe dêem com o maço.
Sol de Março queima a dama no paço.
Em Março, chove cada dia um pedaço.
Em Abril, mau é descobrir.
Abril: águas mil, quantas mais puderem vir.
Em Abril, águas mil, coadas por um mandril.
A água que no Verão há-de regar em Abril e Maio há-de ficar.
Abril molhado, ano abastado.
Se não chove em Abril, perde o lavrador couro e quadril.
Seca de Abril deixa o lavrador a pedir.
Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado.
Abril frio: pão e vinho.
Em Abril, queimou a velha o carro e o carril; e uma cambada que ficou em Maio a queimou.
Maio hortelão: muita palha e pouco grão.
Maio couveiro não é vinhateiro.
Maio pardo faz o ano farto.
Maio pardo e ventoso faz o ano farto e formoso.
Maio pardo e Junho claro podem mais que os bois e o carro.
Fraco é o Maio se o boi não bebe na pegada.
Fraco é o Maio que não rompe uma croça.
Guarda para Maio o teu melhor saio.
Em Maio, comem-se as cerejas ao borralho.
Em Maio, nem à porta saio.
Junho calmoso: ano formoso.
Junho floreiro: paraíso verdadeiro.
Sol de Junho amadura tudo.
Chuva de Junho: peçonha do mundo.
Chuva de Junho: mordedura de víbora.
Chuva junhal: fome geral.
Junho chuvoso: ano perigoso.
Enxame de Junho nem que seja como punho.
Em Junho, foice no punho.
Em Junho, perdigotos como punho.
Feno, alto ou minguado, em Junho é segado.
Julho quente, seco e ventoso: trabalha sem repouso.
Em Julho, prepara o vasculho.
Em Julho, ceifa o trigo e faz o debulho. E, em o vento soprando, vai-o limpando.
Em Julho, reina o gorgulho.
Não há maior amigo do que Julho com seu trigo.
Por todo o mês de Julho, o meu celeiro entulho.
Julho abafadiço: abelhas no cortiço.
Chuva de Julho que não faça barulho.
Por muito que Julho queira ser, pouco há-de chover.
Agosto nos farta, Agosto nos mata.
Quem em Agosto ara, riqueza prepara.
Quem não debulha em Agosto debulha com mau gosto.
Quem malha em Agosto malha contra gosto.
Chuva em Agosto enche o tonel de mosto.
Chuva em Agosto: açafrão, mel e mosto.
Quando chove em Agosto, chove mel e mosto.
Agosto amadurece, Setembro vindimece.
Agosto tem culpa se Setembro leva a fruta.
Em Agosto, toda a fruta tem gosto.
Temporã é a castanha que em Agosto arreganha.
Seja o ano que for, Agosto quer calor.
Se queres o teu homem morto, dá-lhe couves em Agosto.
Em Agosto, ardem os montes; em Setembro, secam as fontes.
Nem em Agosto passear nem em Dezembro marcar.
Em Agosto, candeeiro posto.
Em Agosto, frio no rosto.
Setembro: mês dos figos e cara de poucos amigos.
Setembro molhado: figo estragado.
No pó, semearás; em Setembro colherás.
Em Setembro, ardem os montes e secam as fontes.
Setembro ou seca as fontes ou leva as pontes.
Lua nova setembrina sete luas determina.
Setembro é o Maio do Outono.
Outubro quente traz o diabo no ventre.
Outubro suão: negaças de Verão.
Logo que Outubro venha, prepara a lenha.
Outubro meio chuvoso faz o lavrador venturoso.
Em Outubro, o sisudo colhe tudo.
Em Outubro, sê prudente: guarda pão e semente.
Em Outubro, pega tudo.
A árvore plantada no Outono tem um ano de abono.
Se Outubro for erveiro, guarda para Março o palheiro.
Em Novembro, prova o vinho e semeia o cebolinho.
Se em Novembro houver trovão, o ano seguinte serão bão.
Cava em Novembro e planta em Janeiro.
Em Dezembro, treme de frio cada membro.
Em Dezembro, lenha no lar e pichel a andar.
Em Dezembro, descansar, para em Janeiro trabalhar.
A ambição cerra o coração.
A beleza não se põe à mesa.
À boda ou ao baptizado, não vás sem ser convidado.
A brincar se dizem as verdades.
A esperança é a ultima a morrer.
A falar é que a gente se entende.
A fome é a má conselheira.
A fome é negra.
A justiça de deus tarda, mas não falha.
A mentira tem pernas curtas.
A mulher e a sardinha quer-se da mais pequenina.
A ocasião faz o ladrão.
A palavra é e prata e o silêncio é de ouro.
A pensar morreu o burro.
À primeira quem quer cai, a segunda cai quem quer.
A união faz a força.
A ver vamos, como diz o cego.
A voz do povo é a voz de Deus.
Água mole e pedra dura tanto dá até que fura.
Águas passadas não movem moinhos.
Amigo fiel e prudente, vale mais do que um parente.
Amigo não empata amigo.
Amigos, amigos, negócios à parte.
Amor com amor se paga.
Antes a morte que a má sorte.
Antes que cases olha o que fases.
Antes só do que mal acompanhado.
Antes tarde do que nunca.
Ao médico, ao advogado e ao abade, falar a verdade.
Ao menino e ao borracho põe-lhe Deus a mão por baixo.
Ao que erra perdoa-se uma vez e não três.
Aos 40 ou vai ou arrebenta.
Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.
Aprender até morrer.
As aparências iludem.
As paredes têm ouvidos.
Atrás do beijo. vem o desejo.
A apressada pergunta, vagarosa resposta.
A ignorância e o vento são do maior atrevimento.
A melhor palavra é a que fica por dizer.
A noite é a má conselheira.
Amigo na necessidade é amigo de verdade.
Aprende-se até morrer e morre-se sem saber.
Barcos em terra , tempestade no mar.
Bebé que não ri ao fim do mês ou é tolo ou o pai que o fez.
Boa fama granjeia quem não diz mal da vida alheia.
Boa romaria faz, quem em sua casa fica em paz.
Boca fechada não entram moscas
Burro farto não é papador.
Burro velho não toma andadura e quando toma pouco dura.
Busca amizade do teu igual, se és honrado e leal.
Brilhante nascente que nuvens desfaz, reúne a companha que bom tempo nos traz
Cá se fazem cá se pagam.
Cada cabeça, sua sentença.
Cada macaco no seu galho.
Cada terra seu uso, cada roca seu fuso.
Canta que logo bebes.
Cão que ladra não morde.
Carne de hoje, pão de ontem e vinho do outro Verão fazem o homem são.
Casa de ferreiro, espeto de pau.
Casa onde não à pão, todos ralham e ninguém tem razão
Casa roubada trancas à porta.
Coisa ruim não tem perigo.
Com o fogo não se brinca.
Comer e coçar vai do começar.
Cresce e aparece.
Cumpre sempre o teu dever se não te queres arrepender.
Com céu azul carregado, teremos o barco em vento afogado
Céu pedrento, chuva ou vento, não tem assento.
Castelos de nuvens sem nuvens por cima são chuvadas certas mesmo sem rimas.
Céu limpo e lua no horizonte, de lá te virá o vento.
Chuva miudinha como farinha dá vento do norte mas não muito forte
Dá Deus nozes a quem não tem dentes.
De boas intenções esta inferno cheio.
De médico e louco, todos nós temos um pouco
De noite todos os gatos são pardos.
Deus ajuda a quem cedo madruga.
Deus escreve direito por linhas tortas.
Deus não dorme.
Deus não é de vingança, mas castiga pela mansa.
Depois de chuva, nevoeiro, tens bom tempo marinheiro.
De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento.
É falar que a gente se entende.
É mais fácil aconselhar que praticar.
É melhor prevenir do que remediar.
É melhor um inimigo declarado do que um falso amigo.
É pelo saber que vem o ter.
É tarde na economia, quando a bolsa está vazia.
Em Abril águas de mil.
Em Agosto toda a fruta tem gosto.
Em casa de ferreiro espeto de pau
Em casório ou mortório há sempre falatório.
Em Junho focinha em punho.
Em Março tanto durmo como faço.
Em Roma sê romano.
Enquanto há vida há esperança.
Entre marido e mulher ninguém mete a colher.
Errar é próprio do homem.
Escorregar não é cair.
Está a chover e fazer sol e a raposa a encher o fole.
Exército bem provido tarde ou nunca é vencido.
Fala baixo que as paredes têm ouvidos.
Falando do diabo ele aparece.
Faz o que eu te digo e não faças o que faço.
Fazer bem sem olhar a quem.
Filho de burro um dia dá coice.
Filho és, pai serás, assim como fizeres, assim acharás.
Filhos criados, trabalhos dobrados.
Foge das ocasiões, eu te livrarem das tentações.
Gaba-te cesto que vais à feira.
Gaba-te cesto que vais à vindima.
Gato escaldado de água fria tem medo.
Gato miador não é bom caçador.
Gente do Minho veste pano fino.
Gordura é formosura.
Gostos não se discutem.
Grande a nau, grande a tormenta.
Grão a grão enche a galinha o papo.
Guarda o que comer não guardes que fazer.
Guarda-te do homem que não fala, da mulher que faz versos, e do cão que não ladra.
Há males que vêm por bem.
Há muitas Marias na terra.
Há sempre um testo para cada panela.
Homem com fala de mulher nem o diabo quer.
Homem rico nunca é feio.
Homem velho e mulher nova tem filhos até á cova.
Honra e proveito não cabe no peito.
Já que Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé.
Julga o ladrão que todos o são.
Ladrão que rouba a ladrão tem 100 anos de perdão.
Longe da vista, longe do coração.
Lua nova trovejada 30 dias é molhada.
Lua à tardinha com seu anel, dá chuva à noite ou vento a granel..
Lua com halo de grande aparato, é molha certa prá gente de quarto.
lua com circo, água traz no bico.
Lua nova trovejada, trinta dias é molhada.
Lua nova trovejada, oito dias é molhada. se ainda continua, é molhada toda a lua
Lua empinada, maré repontada
Lua deitada marinheiro em pé.
Limpo horizonte que relampeja, dia sereno, calma sobeja.
Lua nova de Agosto carregou, lua nova de Outubro trovejou.
Lua Nova, Lua Cheia preia Mar às duas e meia.
Lua fora, lua posta quarto de maré na costa.
Mais vale cair em graça do que ser engraçado.
Mais vale dar do que pedir.
Mais vale prevenir do que remediar.
Mais vale que deus ajuda do que quem cedo madruga.
Mais sê-lo do que parecê-lo.
Mais vale só que male acompanhado.
Mais vale tarde do que nunca.
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
Mal por mal, antes na cadeia do que no hospital.
Manda quem pode, obedece quem deve.
Mãos frias coração quente, amor para sempre.
Menino farto não é corredor.
Morra Marta, mas morra farta.
Miragem que espante vento do levante.
Mas se está claro, cheio de luz, haja alegria, que o tempo é de truz.
Manhã com arco mal vai o barco.
Não á regra sem excepção
Não é sábado sem sol nem domingo sem missa nem segunda se preguiça.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje.
Não metas na tua casa quem dela te tire.
Nem tudo que reluz é ouro.
No poupar é que está o ganho.
Nuvens aos pares, paradas, cor de cobre, é temporal que se descobre.
Nuvem comprida que se desfia sinal de grande ventania.
Nuvens finas, sem ligação, bom tempo, brisas de feição
Nuvens espessas e acumuladas, ventanias certas e continuadas.
Nuvens pequenas, altas e escuras são chuvas certas e seguras.
Nordeste molhado, não te dê cuidado
O amor é cego
O cão é o melhor amigo do homem.
O fruto proibido é o mais apetecido.
O prometido é devido
O que é de mais é erro.
O que é doce nunca amargou.
O que não há, remediado está.
O saber não ocupa lugar.
O seguro morreu de velho.
O ultimo a rir é que ri melhor.
Onde à fumo à fogo.
Ou oito ou oitenta.
Paciência tem limites.
Pão pão, queijo queijo.
Para bom entendedor meia palavra vasta.
Para grandes males grandes remédios.
Parar é morrer.
Pede o guloso para o desejoso.
Quem anda á chuva molha-se.
Quem cala consente.
Quem casa quer casa.
Quem conta um conto acrescenta um ponto.
Quem corre por gosto não cansa.
Quem dá e tira para o inferno gira.
Quem desconfia não é sério.
Quem desdenha quer comprar.
Quem espera desespera.
Quem muito fala pouco acerta.
Quem muito jura muito mente.
Quem não se sente não é filho de boa gente.
Quem tem amigos, não morre na cadeia.
Quem tudo quer tudo perde.
Quem vai a guerra dá e leva.
Rosado sol posto cariz bem disposto
Relâmpagosao norte, vento forte, se do sul vem, chuva também.
Sol nascente desfigurado, no Inverno, frio, no Verão, molhado.
Sol que nasce em nuvens sentado, não vás ao mar fica deitado.
Sol posto ledo, com claro ao norte, andar sem medo que estás com sorte.
Se grandes, correm desmanteladas, mau tempo, velas rizadas.
Se à tarde vem, é p'ra teu bem.
Se um trovão seco no céu reboa, temporal violento nos apregoa.
Se ao vale a névoa baixar, vai para o mar, mas se p'los montes se atrasa, fica em casa.
Se entra por terra a gaivota, é que o temporal a enxota.
Se vem chuva e depois vento, põe-te em guarda e toma tento.
Se tens vento e depois água, deixa andar que não faz mágoa.
Sem nuvens o céu e estrelas sem brilho, verás que a tormenta te põe num sarilho.
Se um dia Deus quiser, até com norte pode chover.
Vermelho nascente que pronto descora, tempo de chuva que está p'ra demora.
Vermelha alvorada vem mal-encarada.
Vaga ao revés encrespada, vai dar-te o vento saltada.
Vento contra a corrente, levanta mar imediatamente
Vento sudoeste mansinho e panga, é de tremer dele, quando se zanga.
Volta direita, vem satisfeita, volta de cão traz furacão.